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Opinião dos Muçulmanos no Mundo - Raheel Raza

Opinião dos Muçulmanos no Mundo - Raheel Raza


Todos os dias ouvimos que “Islâmicos terroristas não tem nada a ver com o Islã”. “Muçulmanos são pacíficos e tolerantes e nada tem a ver com terrorismo” (Hillary Clinton). “A causa da Al-Qaeda não é a causa do Islã”. “O Estado Islâmico não é islâmico”. “A grande maioria dos muçulmanos rejeita essa interpretação do Islã”. “É importante que nos alinhemos com os 99,9% dos muçulmanos que procuram o mesmo que nós” (Barack Hussein Obama).

Será verdade que 99,9% dos muçulmanos não apoiam extremismo? O que acha se várias pesquisas de várias organizações repetidamente apontam uma imagem bem diferente?

Quando há uma doença ou vírus, não haverá tratamento, a não ser que consiga identificar o problema. Temos que chamá-lo do que ele é: ele é o VIOLENTO RADICAL EXTREMISMO ISLÂMICO.

Este não é um assunto fácil de abordar. Mas, o fato de que a maioria do terrorismo mundial atual envolve muçulmanos de alguma maneira e porque afeta diretamente nossas vidas e nossa segurança, penso que temos que ter um debate aberto e honesto a respeito disso.

Vamos ser honestos, o Islã está com um problema hoje em dia. Existe um câncer de extremismo no Islã hoje em dia. Essa não é uma conversa sobre o ISLÃ. É uma conversa sobre o Islã radical e como afeta a todos nós.

Nossa civilização evoluiu a um ponto no qual podemos sobre quase tudo. Tudo, exceto um dos assuntos mais importantes da atualidade: O CRESCIMENTO DO ISLÃ RADICAL. Liberais temem ser chamados de racistas se criticarem muçulmanos. Esse medo de ser chamado "racista" tem feito muitos agirem contra suas próprias convicções. Chega a custar a vida de muitos inocentes.

Foram pelo menos 14 mortos e 17 feridos no atentado de San Bernardino (EUA), em 2 de dezembro de 2015. Em San Bernardino (Califórnia), dois terroristas muçulmanos seguidores do Estado Islâmico assassinaram pelo menos 14 pessoas. Na casa do terrorista a polícia encontrou um laboratório, com material para fabricação de explosivos, com pólvora e controle remoto para carros.

Semanas antes do atentado os vizinhos notaram atividades suspeitas, mas não chamaram a polícia. Por quê? Um homem falou que nada disse para não parecer racista. O "politicamente correto" tirou a vida dessas pessoas? Não podemos ter certeza, mas sabemos ser difícil falar sobre essas coisas sem ser chamado de racista. Liberdade de expressão, liberdade de religião sem temor de violência. São princípios liberais, que os liberais aplaudem, mas quando você diz que isso não existe no mundo islâmico eles ficam revoltados. É uma coisa feia de dizer! É racista!

Há mais de um bilhão de muçulmano que não é radical, que não bate em ninguém! Eles só querem ir à escola e ser felizes! Não podemos condenar todos os muçulmanos por causa de um bando de fanáticos!

Sou muçulmana e não preciso que Ben Aflek defenda a mim e a minha religião. Aprecio, mas não preciso que celebridades me defendam contra anfitriões de programa de TV! Preciso que me defendam contra radicais de minha própria religião, que querem assassinar-me!

Radicais que decapitam pessoas, que as queimam, que jogam ácido de bateria no rosto de mulheres. Assassinam pessoas em nome do meu Allah. Radicais que querem subjugar o mundo em nome de minha religião. Precisamos subjugar o mundo ao Islã.

Vamos ver alguns números. Atualmente existem 1,6 bilhão de muçulmanos no mundo. O Islã é a religião que mais cresce no mundo. De acordo com as estatísticas, ultrapassará o cristianismo até o final do século 21.

Obviamente, nem todos os muçulmanos são radicais, mas um percentual deles é radical. Parte deles são ameaças para Ben Aflek e para todos nós. 

Como disse, existe 1,5 ou 1,6 bilhão de muçulmanos no mundo! Deixe-me explicar. Imagine alguns círculos concêntricos. No centro estão os "jihadistas". Essa gente levanta de manhã querendo matar pessoas! Querem mesmo morrer tentando. Acreditam que irão ao paraíso. Gente muito má! Este é o primeiro círculo de radicais. Jihadistas violentos, como o ISIS, Al-Qaeda, Boko-Haram, Hezbolah, Hamas e os "lobos solitários" estão nesse círculo.

Esses são os jihadista que mataram em San Bernardino, Texas, Paris, Londres, Nova Delhi, Jerusalém, Ottawa, Madrid, Nairobi, Boston, New York. Essas são as pessoas muito más, às quaise Ben Aflek se refere.

Quantos jihadistas desse tipo existem? Há entre 40 mil a 200 mil muçulmanos lutando pelo Estado Islâmico no mundo. Esse é apenas o Estado Islâmico! Não inclui as centenas de milhares lutando por Al-Qaeda, Hamas, Hezbolah, a Guarda Revolucionária Iraniana e outros grupos.

Uma coisa que o terrorismo tem é que somente são necessários alguns deles para causar grandes danos e até transformar a maneira que a sociedade vive. Explosivos escondidos em sapatos e outros explosivos caseiros continuam causando ameaças.

Com a crise dos refugiados, a quantidade de terroristas enviados ao ocidente está aumentando rapidamente. A grande quantidade de refugiados desafia as medidas de segurança, porque muitos não trazem documentos de identidade quando chegam à Europa. Essa é a situação ideal para enviar terroristas à Europa.

Segundo informam, o mentor do ataque ao Bataclan, em Paris, entrou na Europa como refugiado. Ele diz que conseguiu viajar livremente da Europa à Síria, onde se encontra agora. Enquanto mais terroristas entram na Europa, o dobro de muçulmanos britânicos, lutam ao lado do Estado Islâmico do que os que estão nas forças armadas inglesas.

No pavoroso vídeo mostrando a decapitação de James Foley muitos ficaram chocados ao ouvirem o carrasco falando com sotaque britânico. Esse era James Wright Foley. 

A América não está livre desse perigo. Procuradores Federais dizem que um homem treinado na Síria voltou aos EUA para lançar atentado terrorista aqui.

De acordo com a Agência de Segurança houve cerca de 122 ataques terroristas envolvendo jihadistas violentos, desde o ataque de 11/09/2001. Felizmente, muitos deles foram evitados pelas forças de segurança.

Esse é o primeiro círculo. Jihadistas violentos assassinos atuando na Europa, EUA e em todo o mundo. E sobre o outro círculo? Fora dele?

No outro círculo estão os muçulmanos que também acreditam em poder ganhar o paraíso através do martírio e querem forçar a religião pelo mundo atuando dentro da sociedade sem explodir-se morrendo para matar pessoas.

Querem mudar governos usando liberdades da democracia contra ela própria. Islâmicos querem o mesmo que o jihadistas. Só são diferentes nos métodos que usam. Em vez de envolver-se em terrorismo diretamente, usam o sistema político e cultural para atingir seus objetivos.

Pegue Gaza, na Palestina, por exemplo. Em 2006, palestinos deram o poder ao grupo Hamas. Hamas é um grupo terrorista radical, que usou a democracia para ganhar legitimidade e poder político. A mesma forma foi usada por muçulmanos egípcios, na eleição de 2012, para dar o poder à Irmandade Muçulmana.

O Egito elegeu um novo Presidente, Mohamed Morsi, membro da Irmandade Muçulmana. A Irmandade Muçulmana foi fundada no Cairo, em 1928. É reconhecida como criadora do moderno Islã Político. Tem como objetivo implantar o Islã em todo o mundo num califado governando de acordo com a lei islâmica (Shariah). Morsi queria impor a lei islâmica, limitar o direito das mulheres. Seu partido não é pró-EUA. 

Embora a Irmandade Muçulmana seja principalmente uma organização política, patrocina muitos grupos terroristas no mundo todo, incluindo Al-Qaeda, Hamas e outros...

Diferente dos grupos que tratamos, existe uma organização nos EUA chamada "CAIR" (Conselho de Relações Islâmicas das Américas), que o Departamento de Justiça afirma ser parte da Irmandade Muçulmana. A "CAIR" se apresenta como um grupo moderado, que luta por direitos civis representando os interesses dos muçulmanos nos EUA.

Se olhar mais detalhadamente descobrirá muitas coisas perturbadoras. O controvertido grupo muçulmano está sendo processado por ligação com terrorismo islâmico. Os Emirados Árabes Unidos classificam a "CAIR" como grupo terrorista. Estados Islâmico e Al-Qaeda estão na mesma lista. Nos EUA a "CAIR" foi classificada como co-financiadora de terrorismo, num processo de investigação de patrocínio de terrorismo.

Grupos como o "CAIR" tentam silenciar pessoas como eu e outros que tem audácia de falar sobre o radicalismo islâmico. O filme "Diários de Honra", no qual mostro depoimentos de 9 mulheres que falam sobre o brutal tratamento dado por radicais islâmicos foi suspenso. Por que a "CAIR" que suspender esse filme? É isso que eles fazem. Silenciam debates, dizendo serem "islamofobia", mesmo para muçulmanas, como eu. Esse é o segundo círculo.

O círculo seguinte é o maior deles e isso é muito perturbador. Os muçulmanos desse círculo não são como o Estado Islâmico. Não trabalham para derrubar governos como a Irmandade Muçulmana. Acreditam em práticas que parecem radicais para você e eu. Sua visão sobre direitos humanos, mulheres e homossexuais são muito problemáticas.

Quem são eles? No que acreditam? Em 2013 o Centro de Pesquisas PEW realizou um estudo baseado em entrevistas com milhares de muçulmanos em 29 países.

Descobriu que em países como o Afeganistão, Egito e Jordânia, vasta maioria dos muçulmanos, de 79 a 85% deles acredita que quem abandona o Islã deve ser executado. Conhece alguém que abandou sua fé? Acredita que deve ser executado? Acha que isso é uma crença radical?

Se tomarmos a média de todos os muçulmanos do mundo, 27% deles acham que quem abandona o Islã deve ser executado. 27% da pesquisa dá 237 milhões de pessoas!

Sabe que 39% dos muçulmanos pesquisados acredita que que "assassinatos de honra" são justificáveis como punição de mulheres adúlteras ou que tenham atividade sexual antes do casamento? Acha que isso é uma crença radical? Essa crença radical é válida para 345 milhões de muçulmanos. Esses estudos pintam um quadro de um mundo islâmico muito fora de compasso com o mundo moderno.

Quando se trata de apoio a terrorismo e jihad, estes são os números para muçulmanos ocidentais de 18 a 29 anos que acreditam em ataques suicidas: 42% dos muçulmanos franceses, 35% dos ingleses e 26% dos muçulmanos americanos, acreditam que ataques suicidas contra não crentes são justificáveis. Essa é a próxima geração de muçulmanos que está falando. 
A maioria dos muçulmanos pesquisados, 53% que que a lei islâmica (Shariah) seja a Lei Maior em países de maioria muçulmana. Todos os que disseram querer a Shariah, 52% apoiam açoitamentos e o corte de mãos para ladrões. São 281 milhões de pessoas! Você acredita que isso é crença radical?   51% apoiam apedrejamento de esposas infiéis. São 289 milhões de pessoas!

É claro que nem todos os muçulmanos acreditam nessas coisas, mas centenas de milhares acreditam!

Os números estão aqui para todos verem. É hora de debater sobre um dos mais importantes assuntos de nosso tempo. Ao debatermos sobre a fé do radicalismo islâmico, estamos esquecendo nossas crenças sobre verdade, livre expressão e tolerância.

E abandonamos os direitos humanos em favor do "politicamente correto". Participe do debate. Juntos começamos o debate. Agora é hora de você dizer o que pensa. Diga o que pensa. Projeto CLARION.

                                                  Raheel Raza

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(Este texto foi extraído do vídeo “Pelos Números – O Que Pensam os Muçulmanos no Mundo? – Raheel Raza, publicado em janeiro de 2016 e  legendado por mim.)
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Twitter: @spacelad43
Contato: spacelad43@gmail.com

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