Noticiário de
Televisão é Quase Tudo Encenação
(12/06/2017)
Em
4/6/2017 apareceu no twitter da jornalista Katie
Hopkins (@KTHopkins) um vídeo
mostrando a rede de televisão CNN encenando uma manifestação de mulheres muçulmanas
em apoio à polícia inglesa e contra os ataques terroristas islâmicos do dia
anterior.
A
jornalista da CNN Becky Anderson
tinha montado um verdadeiro estúdio de TV numa rua de Londres para encenar a
“manifestação espontânea”. O vídeo legendado com a reportagem que foi ao ar e a
“encenação” pode ser visto neste link do Youtube.
Como
Katie Hopkins mostrou em diversas
fotos do twitter dela, a CNN montou encenações semelhantes com o mesmo grupo de
umas 15 pessoas em vários lugares da cidade. Num deles elas seguram cartazes pré-impressos
com “hashtags” de solidariedade, em
outro eles colocam flores numa calçada e assim por diante. Eram sempre as
mesmas pessoas.
Em
vez de só divulgar eventos reais, a CNN “gerou seus próprios fatos”,
encenando-os como se fossem parte de uma peça teatral.
A
narrativa visava atenuar o impacto negativo dos brutais ataques de inspiração
religiosa islâmica, nos quais os terroristas muçulmanos atropelaram,
esfaquearam e degolaram uma dezena de pessoas. Os ataques aconteceram no oitavo
dia do Ramadan, celebração anual
sagrada para os muçulmanos, durante a qual eles jejuam, fazem preces e só devem
praticar atos de bondade e caridade.
A reportagem enaltece
o espírito pacífico da maioria dos muçulmanos praticantes de uma “religião de
paz” e tenta desvincular o Islã dos
atentados. Transmite a ideia de que o Estado
Islâmico, que reivindicou os ataques, não é muçulmano e que os terroristas também
não são muçulmanos verdadeiros.
Até
o nono dia do mês do Ramadan de 2017
foram registrados 46 ataques terroristas islâmicos em 14 países, com 510 mortes
e várias centenas de feridos.
E aquela foto comovente do "Menino de Aleppo", sentado sozinho num assento laranja esperando atendimento médico, depois de ser "salvo" dos escombros da casa dele, destruída pela explosão de uma bomba lançada pelo exército sírio? Foi uma encenação, segundo o que tem sido noticiado e analises feitas por especialistas, como esta aqui.
E aquela foto comovente do "Menino de Aleppo", sentado sozinho num assento laranja esperando atendimento médico, depois de ser "salvo" dos escombros da casa dele, destruída pela explosão de uma bomba lançada pelo exército sírio? Foi uma encenação, segundo o que tem sido noticiado e analises feitas por especialistas, como esta aqui.
E
tem o caso da televisão inglesa BBC flagrada levando ao ar uma entrevista
editada de uma testemunha de um ataque terrorista islâmico, no qual três
mulheres muçulmanas atacaram e esfaquearam uma trabalhadora de uma creche
enquanto gritavam “Allah, Allah”. Na versão editada a BBC cortou a parte que
menciona Allah e o Corão, conforme pode ser visto neste vídeo do Youtube.
Aqui
no Brasil acontece o mesmo tipo de encenação. Os jornalistas saem da redação
pautados com uma narrativa cuja conclusão já é antecipada. Como exemplo, vou
citar o caso do racionamento de água no Distrito Federal. As reportagens,
principalmente da televisão, atribuem a responsabilidade do racionamento de
água à falta de chuvas e ao desperdício de água pela população. Não mencionam
que os reservatórios existentes (Santa Maria e Descoberto) são os mesmos que
existiam na década de 1970, quando o DF tinha uns 700 mil habitantes. Em 2017
tem quase 3 milhões.
Nenhum reservatório
novo significativo foi construído, além de Corumbá IV, em Luziânia, construído
em 2006 pelo então governador Joaquim Roriz. Até hoje os governadores que o
sucederam não deram conta de instalar os canos para transportar a água para Brasília,
há uns 60 quilômetros de distância.
Responsabilizar
a falta de chuvas também é uma falsidade, pois como pode ser visto no gráfico,
o regime de chuvas no DF é de um período de uns quatro ou cinco anos de chuvas
abundantes, seguidos de dois ou três anos de chuvas fracas.
O
que falta é o aumento do estoque de água para suportar esses anos de chuvas
fracas, considerando o aumento da população. A crise não é hídrica. É apenas uma crise de
má gestão hídrica.
A
televisão também apregoa a todo o momento que o racionamento é de um dia por
semana, alternadamente, em diversas regiões. Todas as pessoas às quais
perguntei declaram a mesma periodicidade, o que não é verdade. O racionamento é
de um dia a cada seis dias e não um a cada sete dias. Numa semana o
racionamento é na 6ª feira, na semana seguinte é na 5ª feira, depois na 4ª
feira e assim por diante.
Poderia
citar dezenas de casos semelhantes de reportagem com pautas pré-determinadas.
Só vou acrescentar aquele caso do programa da Fátima Bernardes, no qual ela relata a ocorrência de um confronto
hipotético entre policiais e traficantes, tendo sido feridos um policial e um
traficante.
Ela
pergunta aos participantes qual deles deve ser socorrido primeiro,
acrescentando que o ferimento do traficante é mais grave. Dois terços dos
participantes posicionaram-se pelo socorro ao traficante. Se tivesse dito que
os ferimentos eram iguais, todos ficariam com o policial. O que ela fez foi conduzir
os participantes a posicionar-se favoravelmente ao bandido. Uma conduta típica
do jornalismo esquerdista em defesa de bandidos.
Foi
uma pergunta de formulação capciosa e sem sentido, haja visto que o médico
teria primeiro que examinar os dois feridos para decidir o que fazer. Mais
ainda, isso não é assunto para decisão de leigos com poucas informações sobre o
caso.
Como
a televisão tem uma transmissão dinâmica, o telespectador não tem tempo de
refletir sobre o que acabou de ouvir e aquilo fica inserido no cérebro dele.
O problema é mais
grave porque praticamente todos os noticiários e programas de televisão têm
agendas alinhadas com a ideologia socialista, desviando de forma aberta ou
sutil tudo o que é transmitido aos telespectadores.
Excetuando
os filmes, a maior parte da programação da televisão é composta por partes encenadas
de “peças de teatro”.
Jornais,
revistas, redes sociais, blogs e colunistas também tem suas próprias pautas,
mas a leitura permite refletir e rever o que foi lido ou visto, buscando
confirmação em outras fontes. São
geralmente menos dependentes de verbas publicitárias do governo e podem
transmitir as matérias com menor viés ideológico.
Luigi B. Silvi
Contato: spacelad43@gmail.com
Twitter: @spacelad43
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