Pular para o conteúdo principal

Como Foi Que a ONU Virou Essa Tragicomédia?

Como Foi Que a ONU Virou Essa Tragicomédia?
(20/06/2017)

Ao ler a notícia que a Arábia Saudita foi eleita para compor a Comissão de Direitos da Mulheres da ONU para o período de 2018 a 2022, não pude deixar de refletir sobre o que a Organização das Nações Unidas se tornou.

Da missão original de sua criação, a “manutenção da paz entre as nações”, a ONU expandiu sua atuação em outras áreas, como a UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância, FAO – Agricultura e Alimentação, UNESCO – Educação, Ciência e Cultura.

Em 1945 a ONU foi fundada e tinha 51 países membros. Em 2017 conta com 193 países.

Possui várias Comissões e Conselhos para tratar dos mais diversos assuntos, entre os quais encontram-se o Conselho de Direitos Humanos e a Comissão dos Direitos das Mulheres. A composição das Comissões e Conselhos é feita por votação entre os 193 países membros.

A única exceção é a do Conselho de Segurança, onde apenas 10 membros sãos eleitos, sendo os outros cinco membros permanentes (Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, China e França), com poder de veto. Qualquer assunto submetido ao Conselho de Segurança só é aprovado se nenhum membro permanente se opuser.

No caso do Conselho de Direitos Humanos, Entre os 47 membros eleitos fazem parte Cuba (ditadura), Egito (islâmico), Bangladesh (islâmico), China (ditadura), Índia (sistema de castas), Indonésia (islâmico), Iraque (islâmico), Qatar (islâmico), Arábia Saudita (islâmico), Emirados Árabes Unidos (islâmico).

Ditaduras sanguinárias fazerem parte do Conselho de Direitos Humanos é uma coisa difícil de aceitar, mas pior ainda é ter países islâmicos fazendo parte desse Conselho. Em países islâmicos vigora a “Sharia”, que considera não muçulmanos como cidadãos de 2ª classe e estabelece punições inaceitáveis pela cultura ocidental.

Fazem parte das punições previstas na Sharia e aplicadas em muitos países islâmicos, a decapitação, enforcamento, açoite, decepamento de mãos e pés, apedrejamento entre outros. O abandono da religião é considerado crime gravíssimo, sendo passível de qualquer uma das punições citadas, inclusive a morte.

  “A punição para aqueles que fazem guerra contra Allah e Seu Mensageiro, e assolam com força e desordem na região é, execução, ou crucificação, ou amputação das mãos e pés em lados opostos, ou o exílio da região; essas são suas desgraças neste mundo, e suas pesadas punição são seus de agora e para sempre”. (Corão 5:33) 

“A um ladrão, macho ou fêmea, corte seus pés ou suas mãos, para servir de exemplo, de Allah, por seus crimes, e Allah é Exaltado em seu poder”. (Corão 5:38)

 No caso da Comissão dos Direitos das Mulheres, entre os 41 membros eleitos, encontram-se Bahrain (islâmico), Egito (islâmico), Bangladesh (islâmico), Índia (sistema de castas), Irã (islâmico), Cazaquistão (islâmico), Kuwait (islâmico), Qatar (islâmico), Tajiquistão (islâmico) e a partir de 2018 também a Arábia Saudita (islâmico).

Em países islâmicos as mulheres são consideradas propriedade do pai, irmão ou marido, não tendo quaisquer direitos, com tratamento pior do que os cidadãos de 2ª classe.

 “Homens são responsáveis por suas mulheres por direito que Allah lhes concedeu uns sobre as outras e o que gastam para manterem-se de suas posses. Então, as mulheres virtuosas são devotamente obedientes, guardando na ausência do marido o que Allah deu a eles para guardar. Mas aquelas esposas nas quais temem serem arrogantes – primeiro advirta-as; então se persistirem, não deitem com elas; e finalmente, espanquem-nas”. (Corão 4:34)


O pior é ver eleita para a Comissão dos Direitos das Mulheres um país como a Arábia Saudita, onde a Sharia é aplicada com maior rigor e onde mulheres sequer podem dirigir automóveis, sair à rua desacompanhadas ou com o rosto descoberto.

O jornalista Danny Ayalon, no artigo “Algumas Verdades Sobre a ONU”, explica como aquela organização, criada para “manter a paz entre as nações” tornou-se uma mera promotora da agenda socialista e islâmica. Transcrevo alguns parágrafos:

“Vamos começar do início: Em 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial, as nações que derrotaram o fascismo, fundaram a Organização das Nações Unidas (ONU), para evitar que tais devastações humanas ocorressem novamente.

A Carta de Criação da ONU estabelece os Direitos Humanos e para Igualdade de Direitos para todo os homens, mulheres e países. Com o passar dos anos, muitos outros países tornaram-se membros, mas apenas alguns deles são democráticos. Direitos Humanos e Igualdade foram abandonados em favor de interesses políticos.

A partir daí Israel ficou em desvantagem. Países muçulmanos e árabes superaram os apoiadores e tentam isolar Israel ameaçando seus aliados com embargos.

Como se não bastasse, árabes, muçulmanos e países "não alinhados" do terceiro mundo uniram-se num poderoso bloco de votação, formando uma maioria automática. Seu objetivo comum é de desacreditar os Estados Unidos e deslegitimar Israel.

Como tem sido visto, esse bloco de votação, pode aprovar uma resolução estabelecendo que a terra é plana e que Israel não existe. O mesmo bloco impede ações contra regimes opressores, pois muito deles são regimes opressor. ”


A ONU atua em quase todas áreas e se intromete em assuntos relativamente irrelevantes em todas as partes do mundo, dando palpites e fazendo críticas à atuação de governos com os quais não simpatiza.

Os governos de esquerda seguem detalhadamente as “recomendações” da ONU, como fez o então Prefeito de São Paulo, o socialista Fernando Haddad, reduzindo o limite de velocidade das vias marginais, de 60 para 50 km/h, conforme recomendado pela ONU. O novo Prefeito João Dória foi muito criticado quando aumentou a velocidade para 70 km/h, mas a quantidade de acidentes não aumentou.

Em resumo: A ONU faz de tudo para promover a agenda socialista, mas não faz a principal missão para a qual foi criada, “manter a paz entre as nações”.

                                                               Luigi B. Silvi


Twitter: @spacelad43
Contato: spacelad43@gmail.com

Comentários