Não Existe Islã Moderado – Robert Spencer
Perguntam-me
com frequência o que podemos fazer para encorajar muçulmanos moderados. Em
resposta tenho que dizer que existem muçulmanos moderados, mas não existe um
Islã moderado.
É um fato
desconfortável, mas é um fato. Eu explico: Por "muçulmanos moderados"
há gente que assume serem muçulmanos que acreditam em coisas diferentes dos
"Jihadistas". Que não acreditam ser parte da responsabilidade
religiosa deles fazer guerra contra descrentes.
Que eles não acreditam que eles
devem odiar os Judeus e assassiná-los. Que eles não acreditam que devem
subjugar mulheres e não muçulmanos como inferiores na sociedade, sob um sistema
institucionalizado de discriminação e abuso. Na realidade não existe tal Islã.
Pessoas
falam no ocidente aproveitando-se da nossa ignorância sobre o Islã para levar
as pessoas a serem complacentes. Vou citar um exemplo:
Existe
um "Fatwa" [decreto] de 512 páginas contra o terrorismo, emitido pelo
clérigo paquistanês muçulmano chamado Muhammad Thair-ul-Qadri. De 5 a 10 vezes
por dia os muçulmanos me escrevem dizendo "Você diz que o Islã não é uma
religião de paz. Devia ler Thair-ul-Qadri!"
Então
eu li. Graças às maravilhas da internet, consegui um arquivo "pdf" e
pesquisar. O que fiz foi procurar passagens do Corão que exortam os muçulmanos
cometerem violências e fazer guerra contra os descrentes, porque se ele vai
realmente apresentar uma forma alternativa do Islã seria sensato, que ele
pegasse aquelas passagens e explicasse porque os muçulmanos não devem considerá-las
atualmente como ordens de guerra.
Procurei
pelo capítulo 9:5 "Mate-os onde os
encontrar"; Capítulo 4:89 "Mate-os
onde os encontrar"; Capítulo 2:191 "Mate-os onde os encontrar"; Capítulo 9:29 "Combata os Judeus e Cristãos até que sejam
subjugados e paguem a taxa"/ Capítulo 47:4 "Quando encontrar descrentes, ataque-os no pescoço e decapite-os"
e outros desse tipo...
Em
512 páginas ele nunca mencionou qualquer desses versos. Vocês entendem a
implicação disso? Aquela devia ser uma peça dizendo que o terrorismo é errado e
os muçulmanos não deviam praticá-lo e ele não menciona qualquer uma das
justificativas que os jihadistas terroristas usam para mostrar que o que fazem
é corretamente islâmico.
Essa
não é uma proposta de reforma do Islã. Essa não representa o Islã moderado. Esse
é um grande, extensivo e elaborado esforço para enganar descrentes e manter-nos
ignorantes e complacentes sobre a ameaça do Jihad. Não é possível reformar
alguma coisa, você não conserta um problema sem reconhecer que existe um
problema. Você vê?
Não existe um Islã
moderado. Não existe uma versão do Islã que não ensine a guerra contra os
descrentes e sua subjugação. É simples assim...
Isso
não quer dizer, como Raymond e Bruce estavam dizendo, que todos os muçulmanos
estão fazendo isso ou que todos os muçulmanos apoiam isso.
Mas
é como na Igreja Católica, a Igreja Católica ensina, como parte de sua doutrina
oficial do Papa e assim por diante, que a contracepção é errada, que a
contracepção é imoral. Não use anticoncepcionais. Pesquisas e mais pesquisas
mostram que de 70, 80, 90% dos católicos usam anticoncepcionais.
Agora,
nós estaríamos absolutamente errados dizer que isso significa que a Igreja não
ensina de fato que a contracepção é errada. Ela ensina de fato. Só que a
maioria dos católicos não dão importância a isso.
O
Islã ensina de fato fazer guerra contra descrentes e muitos muçulmanos não dão
importância a isso. Isso é muito bom. O problema é que eles não têm base teológica
no Islã para apoiar-se e assim, quando são questionados pelos Jihadistas e
mesmo quando suas crianças são recrutadas pelos Jihadistas, eles não têm o que
argumentar.
A
questão é que as pessoas são influenciadas em suas vidas. Muitos de vocês têm
uma religião, mas têm também outras perspectivas, outras prioridades, outras
crenças e todas essas coisas são complicadas nos corações, almas e mentes de
todos. Então, vocês têm um “espectrum” de crenças, conhecimentos e fervores.
Algumas
pessoas têm muito conhecimento e muito devotas, qualquer que seja a religião
delas. Algumas pessoas usam o nome da religião, mas não se importam ou não
sabem ou estão mais interessadas em alguma outra coisa. É assim que são os
muçulmanos moderados de fato. São gente que só quer viver suas vidas.
Se
você fala sobre muçulmanos que estão a par de que o Corão e o "exemplo de Maomé" e a Lei Islâmica, todos
ensinam a guerra e as conquistas e subjugação de descrentes e quem rejeita isso
e quem diz que isso não deve ser feito, está falando talvez de 5 ou 10 pessoas,
quero dizer, no mundo todo, entre aqueles 1,6 bilhão de muçulmanos. Se você quer falar
sobre verdadeiros reformistas muçulmanos é exatamente isso.
Mas
se quer falar de muçulmanos que não irão pegar em armas contra nós em momento
algum, são milhões e mais milhões de pessoas.
O
problema é que quando a situação ficar crítica de que lado ficarão? Vão ficar
do lado dos muçulmanos que estão fazendo a guerra. É lá que a religião deles
está. Provavelmente nada farão contra nós.
Mas,
basear nossa política externa e nossa política interna, nossa política de
imigração. Basear o futuro de nosso país, basear as vidas de nossas crianças, na
ideia de que a vasta maioria dos muçulmanos não quer fazer isso, não se importa
com Jihad, conquistas e subjugação e que, de alguma forma, grande número de
muçulmanos moderados se levantarão e combaterão os Jihadistas, fazendo-os
parar. Isso não é só tolo, isso é
suicídio!
Robert Spencer
Diretor da JihadWatch.org
-o-o-o-o-o-
Este
texto foi transcrito deste vídeo, legendado por mim, da participação de Robert Spencer num painel sobre “Jihad on the Offensive” (Jihad na
Ofensiva), juntamente com Raymond Ibrahim
e Bruce Thornton, no “Horowitz
Freedom Center”. O painel completo em inglês pode ser visto neste link do Youtube.
Luigi B. Silvi
Twitter: @spacelad43
Contato: spacelad43@gmail.com
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