Conferência das Nações
Unidas Sobre Antissemitismo
– Brigitte Gabriel - (17/03/2017)
É uma honra e um privilégio
estar aqui hoje para falar em defesa dos Judeus do mundo todo e sobre a perversidade
do antissemitismo.
Como podem notar, estou usando uma Estrela da David.
Este colar me foi dado por um homem durante uma seção de autógrafos, em Dallas,
Texas. Este colar pertenceu à esposa dele, morta em um trágico acidente.
Disse-me ele, chorando:
"Este colar era o favorito de minha esposa, ela o usava
quando morreu. Considerava você a heroína dela, por seu trabalho pelo povo
Judeu. Quero que fique com ele e prometa que vai usá-lo".
Não poderia encontrar lugar mais apropriado para
honrar a memória dela que agora. Usar a Estrela de David, como libanesa e
proferir este importante discurso nas Nações Unidas em defesa do Povo Judeu.
Estamos aqui hoje para falar sobre o crescimento do
antissemitismo no mundo. Há 10 anos, Natan
Sharansky falou:
"O antissemitismo clássico é contra os Judeus ou religião
Judaica. O novo antissemitismo é contra o Estado Judeu".
Sharansky criou o que ele chamou de
Teste dos 3 D. Os 3 D são: Demonização, Duplo-Padrão e Deslegitimação. Demonização
é fazer declarações bizarras e feias, sem bases reais, tipo comparar israelenses
com nazistas ou afirmar que Israel estaria cometendo genocídio contra os
palestinos, são exemplos de demonização.
Tais declarações são absurdas. Se Israel estivesse
mesmo cometendo genocídio contra os palestinos, então por que a população de palestinos
cresceu mais de 600% desde 1948?
Israel deve ser o mais incompetente assassino em
massa na história do mundo, quando Israel detém um padrão [humanitário} que
nenhum outro país consegue atingir. Esse duplo-padrão é ele próprio
antissemitismo.
Aliás, Israel é uma vibrante democracia, onde
direitos humanos são protegidos e respeitados e assim mesmo, o assim chamada
"Comissão de Direitos Humanos" das Nações Unidas, dedica a maior
parte do tempo e esforços em investigar e condenar Israel, enquanto tolera ou
ignora as enormes e continuadas violações de direitos humanos que acontecem no
Irã, Cuba, China e muitas outras brutais atrocidades repressoras.
Deslegitimar Israel é afirmar que entre todos os
povos do mundo somente o povo Judeu não tem direito a ter um país. Na verdade,
Israel tem o direito histórico, legal e moral de existir como um Estado Judeu, como
está codificado nos princípios da Lei Internacional.
Essa codificação é explicitamente baseada na longa,
contínua e bem documentada conexão do povo Judeu à terra de Israel. Negar a
conexão do povo Judeu à terra de Israel é antissemitismo em sua mais pura
forma.
Mas por que deve o antissemitismo interessar ao
resto do mundo?
Por que o mundo deveria importar-se? Deveria, não só
porque é meramente repugnante, o que definidamente é, o mundo deve importar-se
com o antissemitismo por causa de sua fundamental autopreservação.
A crua verdade é que o mundo
está na beira de um profundo e negro precipício, em cujo fundo espreita outro
holocausto que já começou. Só que desta vez o genocídio não será apenas contra
os Judeus.
O assim chamado Estado Islâmico já deixou bastante
claro que ele pode ser feito também contra não Judeus. O Estado Islâmico
persegue e assassina membros de qualquer comunidade religiosa, etnia e
nacionalidade que encontram.
Estado Islâmico massacra sírios, iraquianos, libaneses,
palestinos. Estados Islâmico massacra Cristãos, Sunitas, Xiitas, Alawhitas,
Kurdos, Drusos e Yazidis.
Estado Islâmico inunda a internet com imagens de
revirar o estômago e vídeos de execuções em massa, cabeças cortadas e
crucificações. Vemos crianças massacradas na frente de seus pais e pais
massacrados na frente de seus filhos.
Essa crueldade é parte de uma estratégia calculada explicitamente
intencionada para aterrorizar cada um e a todos que não se submetem à sua
versão do Islã.
Estado Islâmico declarou oficialmente sua intenção
de governar todo o mundo. O documento de sua criação, a Declaração do Califado,
usa o modesto título: "Esta é a
promessa de Allah". Declara que Allah prometeu aos muçulmanos "A liderança do mundo e o domínio da
terra"
A declaração deles ao formar um Califado Global, revela
a filosofia do governo deles,
"Por Allah, se você desacreditar em democracia, secularismo,
nacionalismo, assim como todas as outras sujeiras e ideias que vêm do Ocidente e
foge de sua religião e credo, então, por Allah, você vai possuir o mundo e o Leste
e o Oeste vão submeter-se a você".
Lembrem, Senhoras e
Senhores, que a selvageria não é só a estratégia deles, é um artigo de sua fé. Eles
cometem genocídios em nome de Allah. Israel tem sido familiar ao conceito e da
realidade do genocídio em nome de Allah, por longo tempo.
A guerra que o Estado Islâmico declarou ao mundo é
mesma guerra como a guerra que o Hamas tem combatido contra Israel durante
décadas. A única diferença, novamente, é o foco, o Estado Islâmico quer um
Califado global e o Hamas está focado na destruição de Israel. Entretanto, suas
motivações, métodos e moralidades são as mesmas.
Em termos de métodos brutais e ausência de
moralidade, o Estado Islâmico recentemente atirou, esfaqueou e assassinou em
seu caminho ao topo das organizações terroristas mundiais.
Enquanto isso, o Hamas tem cometido incontáveis muitas
atrocidades durante décadas. Costumam enrolar seus filhos com explosivos e
pregos e os mandam explodir ônibus e restaurantes israelenses. Rejubilam-se
pela morte de crianças israelenses e glorificam a morte de suas próprias
crianças. Atualmente as usam como escudos-humanos.
Eu sei alguma coisa sobre crianças serem usadas como
escudos-humanos. Em 1976, quando estava com 11 anos de idade, palestinos no sul
do Líbano, usaram a mim e minha família como escudos-humanos.
Usaram as mesmas técnicas que o Hamas usa em Gaza
atualmente. Colocaram artilharia e lançadores de foguetes em frente ao abrigo
contra bombas e dispararam uma barragem sobre Israel. Desmontaram tudo
imediatamente e foram embora, deixando minha família sofrer a devastação do
contra-ataque.
Atualmente o Hamas usa escudos-humanos
em maior escala. O Hamas usa regularmente escolas, mesquitas, hospitais e
outras instalações civis para armazenar armas, lançar misseis e para outros
propósitos militares.
Lançam foguetes e morteiros desses lugares com a
explícita intenção de atrair o contra-ataque dos israelenses, esperando
produzirem fotogênicos cadáveres de civis para publicarem na mídia.
Hamas e Estado Islâmico compartilham a mesma motivação,
querem impor o Islã. Isso está na Carta do Hamas e está na Declaração do
Califado do Estado Islâmico.
A Carta do Hamas declara que
"Israel existe e vai continuar existindo só até que o Islã
vai obliterá-lo".
"O dia do julgamento não vai acontecer até que os
muçulmanos derrotarem os Judeus. Pedras e árvores vão dizer, ó Muçulmanos, ó
Abdullah, tem um Judeu atrás de mim, venha aqui e mate-o!" Isso é do
"hadith" de Sahih Muslim, livro 41.
Mas o Hamas tem um problema. Em Israel, Judeus não
se escondem atrás de pedras ou árvores. Em Israel, os Judeus ficam em pé e se
defendem!
Os israelenses aprenderam
com a história, que se alguém diz repetidamente que vai matá-lo, eles pretendem
fazê-lo, lição que só agora o mundo está aprendendo.
70 anos atrás o mundo apoiou quando Judeus da Europa
escaparam das chaminés [do holocausto]. Hoje os Judeus de Israel não estão indo
mansamente ao matadouro, quando estão na linha da frente da luta pela
civilização ocidental, lutando por todos nós.
Aqueles que estão querendo exterminar os Judeus, não
pararão só com os Judeus. Isso devia ter sido a lição do holocausto. Essa
precisa ser a lição do surgimento do Estado Islâmico.
Quando o assassinato em massa de civis inocentes foi
legitimado contra Israel, foi legitimado em todos os lugares, ficando a
critério de nada mais que a forte crença daqueles que se tornaram os assassinos
em massa.
Os palestinos são encorajados pela maior parte do
mundo a acreditarem que o assassinato de inocentes civis israelenses é uma
tática legitima para o avanço da causa palestina.
Então os islâmicos acreditam que podem cometer
assassinatos em massa em qualquer parte do mundo para o avanço da causa sagrada
deles.
Como resultado, sofremos com a praga do terrorismo,
terrorismo islâmico, de Moscou a Madrid, de Bali a Beslan, de Nairobi a Nova
York, realizados e aperfeiçoados pelos palestinos.
Israel e os Estados Unidos não alvos à parte do
terrorismo islâmico. Todo o mundo é alvo deles e é bom o mundo aprender essa
lição e aprendê-la rápido.
A maldade mora onde os homens corajosos permanecem
como espectadores. A mentira se espalha quando quem sabe [a verdade] fica em
silêncio.
A sociedade se deteriora quando a apatia substitui o
ativismo.
A tirania se instala quando os líderes se tornam
medíocres e os odiosos se organizam.
Hoje nós estamos convocados
a liderar nossas comunidades e nossas nações. Estamos convocados a motivar os
apáticos e inspirar os desesperados, a silenciar os mentirosos e informar os
preocupados. Falar de tolerância em vez de ressentimento, de perdão em vez de
vingança, de amor em vez de ódio e de paz em vez de guerra.
Estamos aqui nas Nações Unidas hoje porque cada um
de nós é líder e um instrumento de mudanças, com a história como nosso supremo
juiz. Como nós seremos julgados?
Eu, como líder da "actforamerica.org", a
maior organização de segurança dos Estados Unidos, com representações em 11
países ao redor do mundo, estou comprometida a fazer todo o possível que
pudermos para apoiar o povo Judeu e defendê-lo.
O mundo civilizado precisa
inclinar-se unido em solidariedade para assegurar que povos de todas as crenças
possam viver em paz e harmonia.
E que Judeus nunca mais sejam perseguidos e vitimados
por bárbaras ideologias assassinas. Que Judeus possam caminhar pelas ruas do
mundo, com a cabeça erguida em segurança.
Que Israel, o Estado Judeu, a única democracia no
Oriente Médio, continue a brilhar como um farol de luz na mais sombria região
do mundo.
Obrigada por poder estar aqui hoje. Foi uma honra.
Brigitte
Gabriel
-o-o-o-o-o-o-o-
NOTA:
O
texto acima foi extraído das legendas deste
vídeo do Youtube,
legendado e publicado por mim. Trata-se do discurso de Brigitte Gabriel na Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Antissemitismo, realizada em 2014.
Luigi B. Silvi
Contato: spacelad43@gmail.com
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