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Imprensa e Governo Unidos Contra a População do DF

Imprensa e Governo Unidos Contra a População do DF
(11/01/2017)

 Agora no início de 2017, a imprensa e o governo estão mais unidos do que nunca contra a população. Noticiários de televisão e jornais alertam a população que o racionamento da água no DF é praticamente inevitável.

Isso que estamos no meio da época das chuvas. As entrevistas com o Presidente da CAESB deixam claro que a culpa é da população, que desperdiça muita água. O texto adiante é de novembro de 2016, mas está valendo agora ainda mais.

No início de novembro de 2016 toda a mídia do Distrito Federal começou a veicular reportagens manifestando preocupação com a redução dos níveis dos reservatórios de água da região. As estações de televisão faziam alarmantes reportagens aéreas, terrestres e pluviais sobre um evento trivial que acontece todos os anos.


Diariamente eram publicados os níveis de redução dos reservatórios, centímetro a centímetro, aterrorizando a população com alertas dramáticos sobre a reduzida quantidade de chuvas na região.

Achei muito estranho que todos os veículos de comunicação tivessem a mesma pauta de programação de notícias alarmantes, pois em Brasília o período da seca vai de maio a outubro e em 2016 as chuvas começaram a cair desde o final de agosto. Houve um intervalo sem chuvas em outubro, mas nada muito diferente dos outros anos.

De repente o governo anuncia a necessidade de racionamento de água, começando pela redução da pressão do bombeamento e a cobrança de sobretaxa sobre a tarifa, ameaçando implantar um racionamento geral se a população não reduzisse o consumo.  Ao mesmo tempo começaram a aparecer em todos os canais vários anúncios diários de propaganda institucional do governo do DF. Seria apenas coincidência ou o “pagamento” pelas reportagens?

Ah, entendi tudo.

Sucessivos governos incompetentes não fizeram os investimentos para aumentar o fornecimento de água e agora jogam os custos e a responsabilidade em cima de população. Nenhuma reportagem mencionou que as últimas obras significativas para aumento do volume de fornecimento foram feitas ainda durante o regime militar, na década de 1970, quando a população do DF era de menos de 500 mil habitantes e agora está em mais de 2 milhões.

A partir de 16 de novembro começou a chover quase sem parar, como sempre acontece nos últimos meses de todos os anos, mas nenhuma reportagem mostrou o aumento dos volumes dos reservatórios. A sobretaxa continua.

Mudando de assunto, mais ainda na área de artimanhas e conluio da imprensa com o governo.

Duas ou três vezes por ano toda a mídia do DF coloca na pauta reportagens sobre os problemas de trânsito de Brasília. Mostram os engarrafamentos, carros estacionados em locais proibidos, veículos em péssimas condições, motoristas dirigindo sem cinto de segurança e por aí afora.
 
Logo começam a falar sobre o excesso de veículos em circulação e os maus hábitos dos motoristas dirigindo em alta velocidade e logo anunciam o aumento da quantidade de radares fixos e móveis como solução para reduzir a quantidade de acidentes de trânsito.

Falam sobre a necessidade da cobrança em estacionamentos públicos, anunciando por fim o início de estudos para implantar o rodízio de tráfego de veículos.

Não falam que a última grande obra para aumento de quantidade de locais de estacionamento foi feita ainda durante o regime militar, na década de 1970, quando a quantidade de veículos era de menos 300 mil carros, estando agora em 2016 com uma frota de mais de 1,6 milhão de carros.

A maior obra de construção de estacionamentos foi feita em frente ao privatizado aeroporto de Brasília, com a destruição da Praça Santos Dumont, transformada em estacionamento pago. Nenhuma entidade protestou contra a destruição da praça. O busto do pioneiro da aviação jaz agora melancolicamente na via entre o estacionamento e o aeroporto.

Não explicam a razão de não construírem um edifício-garagem com vários andares e milhares de vagas de estacionamento, como existem em vários outros aeroportos brasileiros e na maioria dos grandes aeroportos de todo o mundo.

Os dirigentes do DF têm dois grandes sonhos a realizar: o primeiro é estabelecer o rodízio de carros e o segundo é o racionamento do fornecimento de água e do jeito que administram, logo, logo vão conseguir realizar ambos.

                                                                                    Luigi B. Silvi

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