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A Igreja Católica Sofre de Dissonância Cognitiva

Igreja Católica sofre de Dissonância Cognitiva
(11/12/2016)

No início do Cristianismo, os apóstolos ofereciam a salvação da alma para a vida eterna, sem nada pedir em troca, a não ser uma conduta religiosa devota e o próprio sustento do pregador, por meio de doações voluntárias, tornando a religião bastante acessível aos pobres e miseráveis. Uma troca justa e uma fórmula perfeita de sucesso.

Na idade média, a Igreja oferecia a salvação da alma para a vida eterna, nas mesmas condições anteriores, porém oferecia, além disso, a possibilidade de obtenção de uma garantia absoluta de salvação, mediante pagamento de somas substanciais ou pela compra de relíquias sagradas.

A fórmula continuou funcionando, porém houve muitas discordâncias, culminando com vários reformistas desligando-se de Roma e fundando suas próprias versões da religião.

Mesmo em seus mais negros dias de discórdias, a Igreja Católica nunca deixou seus fiéis desamparados contra seus inimigos, defendendo a fé Cristã sempre que foi ameaçada, como fez na defesa de Viena contra os muçulmanos, em 1683, derrotando um grande exército otomano a caminho da conquista de toda a Europa.

Parecia claro, pelo menos oficialmente, qual era a base espiritual e moral que orientava os pregadores em sua missão evangélica. E embora a apostasia não fosse considerada crime civil, a excomunhão dos infiéis e suas consequências sociais, eram suficientes para manter o rebanho unido e ainda crescimento.

Agora, as frequentes declarações, atitudes e comportamento contraditórios dos principais dirigentes da Igreja Católica Apostólica Romana estão lançando seus fiéis num torvelinho de confusões irreparáveis e condenando a religião a uma inexorável decadência.

Este é um fenômeno moderno que aconteceu quando a Igreja Católica resolveu misturar a religião com ideologia e política partidária, adotando claramente a doutrina socialista mundial e multicultural.

Desde meados do século 20 o catolicismo adotou um posicionamento mais materialista na luta pela erradicação das injustiças sociais, tomando emprestadas várias premissas da doutrina marxista, que trouxeram muitos conflitos entre as atividades espirituais e materiais da religião. O Papa Francisco pode ser tomado como símbolo dessas contradições atuais do catolicismo.

O Papa confunde os fiéis ao condenar timidamente a união homossexual e ao mesmo tempo convidar e receber no Vaticano um dos principais representantes mundiais da Ideologia de Gênero e receber “transexuais em audiências privadas, com declarações como a que reconhece que a Igreja deve pedir perdão aos homossexuais por tê-los perseguidos no passado. Isso praticamente legitima a união homossexual, além de reforçar a Ideologia de Gênero.


Ele fala contra ditaduras sanguinárias, defendendo o direito dos povos à liberdade, alimentação, segurança e livre manifestação, ao mesmo tempo que recebe e abençoa o ditador Nicolás Maduro no Vaticano e recusa-se a receber as esposas de presos políticos venezuelanos.

Pede orações aos Cristãos perseguidos e massacrados no oriente médio e África, mas não diz que são os muçulmanos que fazem isso, ao mesmo tempo em que faz uma visita de cortesia à principal Mesquita de Roma e recebe no Vaticano um dos principais líderes muçulmanos, o Mufty do Cairo.

Em incontáveis ocasiões o Papa exortou os Cristãos a receberem, de braços abertos e sem reservas, os milhões de “refugiados” provenientes do oriente médio e África, como ato de caridade e assimilação do multiculturalismo. 

Ele pessoalmente acolheu no Vaticano várias famílias de refugiados muçulmanos sírios, que fugiam da guerra entre as facções de seus irmãos muçulmanas Sunitas e Xiitas, mas recusou-se a acolher famílias de refugiados Cristãos da mesma região, perseguidos pelas duas facções muçulmanas.

A cerimônia do “lava-pés” de 2016 mostrou-o lavando os pés de vários homens muçulmanos, ato interpretado como de submissão pela religião deles, parecendo que o Papa não está bem informado sobre a doutrina islâmica de intolerância e dominação mundial, com erradicação de todas as demais religiões.

Depois de milhões de problemas causados por “refugiados” muçulmanos violentos, a maioria homens saudáveis, em idade militar, que recusam a integração à cultura europeia, estupram, assassinam e torturam, o Papa recomenda agora a acolhê-los "com mais prudência" e fazer esforços para integrá-los culturalmente nas comunidades europeias.


Trazendo o assunto para o nosso Brasil. Enquanto os padres exortam seus paroquianos a manterem-se honestos, sinceros, puros, devotos, caridosos, laboriosos, democráticos, responsáveis, zelosos e dedicados às suas famílias, ao mesmo tempo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apoia publicamente a agenda do Partido dos Trabalhadores (PT), que inclui:

Distribuição indiscriminada de dinheiro, sem a contrapartida do trabalho; Assistencialismo do Estado; Implantação da ditadura do proletariado; Estatização total das atividades econômicas, editoriais e educacionais; Desarmamento da população ordeira; Posição contrária à redução da maioridade penal; Defesa do mandato de Dilma Roussef; Posição contrária ao ajuste das contas públicas; Apoio à Ideologia de gênero; Crença de que “os fins justificam os meios”.

Em incontáveis ocasiões a CNBB apoiou publicamente um ou outro desses itens da agenda petista.

Recentemente a CNBB divulgou nota contra a PEC 241, manifestando-se radicalmente contrária ao Projeto de Emenda à Constituição para estabelecer limites nos gastos públicos, tão prejudiciais ao povo brasileiro.

Em várias ocasiões a CNBB apoiou publicamente as posições do Partido dos Trabalhadores e condenou tentativas de impeachment da Dilma Roussef, posicionando-se contrariamente às manifestações públicas contra a corrupção e incompetência dos governos do PT.


Em 2014 a CNBB defendeu o Decreto Presidencial 8.243 destinado a viabilizar a implantação de um modelo de inspiração chavista na administração pública brasileira. Ainda em 2014, engajou-se fortemente na coleta de assinaturas nas igrejas para aprovação da reforma política proposta pelo PT, que beneficiava grandemente as agendas dos partidos de esquerda.

Mas a pior coisa que a Igreja Católica faz ao apoiar as políticas socialistas é também acreditar na máxima de que “os fins justificam os meios”, na qual os petistas justificam todos os atos criminosos cometidos pelos militantes dos partidos de esquerda.

Mentir, enganar, iludir, corromper, roubar, coagir e até mesmo assassinar, são rapidamente justificados por essa máxima comunista. Tanto é que vários dirigentes petistas, presos por vários desses crimes, foram recentemente glorificados pelos militantes como “heróis do povo brasileiro”.

Se disserem que é “para o bem dos pobres” então qualquer coisa pode ser praticada e assassinos como Marighela, Lamarca, Guevara, Stalin e outros são apontados como “heróis da causa popular”. 

Quando algum item da ideologia comunista conflita com os princípios religiosos católicos, a CNBB se omite e não os condena enfaticamente, como que acontece com o aborto e com a união homossexual.

Não é sem muitas razões que o catolicismo vem rapidamente perdendo fiéis para outras religiões no mundo todo, notadamente as evangélicas e o próprio islamismo.


                                                                                                    Luigi B. Silvi


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Contato: spacelad43@gmail.com

PSA teoria da dissonância cognitiva afirma que cognições contraditórias entre si servem como estímulos para que a mente obtenha ou produza novos pensamentos ou crenças, ou modifique crenças pré-existentes, de forma a reduzir a quantidade de dissonâncias (conflitos) entre as cognições.

As cinco grandes batalhas defensivas cruciais para a Europa Cristã:
Lepanto em 1571: https://youtu.be/ufaUyB5P8kg;




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