Já é “1984” na Google – David Limbaugh
12 de agosto de 2017
Tão
problemático quanto o patrulhamento da esquerda é seu encaminhamento na direção
de sua própria hipocrisia e o perigo que isso significa para o livre debate de
ideias.
A demissão pela Google do engenheiro de software James Damore por ter ousado expressar ideias politicamente
incorretas num memorando interno é o mais recente exemplo da tirânica propensão
da esquerda em suprimir a livre manifestação, o pensamento e as dissidências.
Tão problemático quanto o patrulhamento da esquerda é o encaminhamento dela
na direção de sua própria hipocrisia e o perigo que isso significa para o livre
debate de ideias. Apesar de não estarem envolvidas questões constitucionais no
caso da Google, porque nenhuma ação governamental foi envolvida, o
constrangimento moral torna-se um assustador punhal nas mãos de instituições
dominadas pelos esquerdistas.
Em seu memorando, Damore menciona
o viés político da Google em silenciar opiniões divergentes, supostamente para
proteger os empregados contra ideias ofensivas e para preservar a segurança
psicológica deles. "Mas constranger ao silencio é a antítese da
segurança psicológica”, escreveu Damore.
“Esse silenciamento criou uma câmara de
eco ideológica onde algumas ideias são sagradas demais para serem debatidas
honestamente."
Damore admite que todas as
pessoas têm preconceitos, mas uma discussão honesta e aberta pode esclarece-los
e ajudar nosso próprio desenvolvimento. Ele diz que redigiu o memorando para
encorajar tais discussões a respeito dos preconceitos da Google, uma discussão
que está sendo silenciada pela “ideologia
dominante."
Damore menciona que tanto a
esquerda política quanto a direita têm preferências morais. "Somente fatos e razões podem lançar luz
sobre essas tendências", diz ele, "mas quando se trata de diversidade e inclusão, a tendência da Google
criou uma monocultura política esquerdista, que sustenta sua posição constrangendo
os divergentes ao silêncio. Isto elimina qualquer possibilidade de verificações
contra arraigadas políticas extremistas e autoritárias".
James Damore |
Ele então detalha como a tendência afeta a explicação da Google a
respeito da desigualdade de gênero nas áreas de tecnologia e liderança: O viés
esquerdista afirma que a desigualdade é devida a tratamentos desiguais
(discriminações e injustiças). Então aplica medidas autoritárias, que na
verdade são discriminatórios contra homens, para obter igualdade de representação.
Essa é a abordagem errada, diz Damore,
porque a desigualdade é parcialmente atribuível a muitas diferenças biológicas
entre homens e mulheres e porque existem maneiras “não discriminatórias para reduzir a desigualdade de gênero".
Ele simplesmente
afirma que algumas diferenças biológicas entre sexos em determinadas
habilidades e preferências e não o viés de gênero e discriminação, são as
razões pelas quais existem menos mulheres em trabalhos técnicos e em posições
de liderança. Redistribuir essas posições pode ser mais prejudicial do que
saudável aos empregados e à empresa. Deveríamos pensar nas pessoas como
indivíduos e não com membros intercambiáveis de grupos.
É irônico que tal pensamento esquerdista tem o propósito de aumentar o
valor das mulheres (ou membros dos alegados grupos vitimizados), mas em vez
disso, desrespeita e desvaloriza suas dignidades humanas pela imposição de
remédios grupais, sem apreciar as qualidades e comportamentos individuais.
Precisamos notar que Damore está
fazendo duas reclamações distintas, porém relacionadas. Ele diz que a Google
está aplicando o pensamento de grupo a seu problema de viés de gênero e assim
deixa de analisa-lo corretamente; e esse mesmo pensamento coletivista também
previne uma discussão aberta e honesta do problema, pela proibição de
manifestações de quem tem visões diferentes.
Uma coisa é a forte discordância dos mandões da Google com o empurrão
dos argumentos substantivos de Damore
no que se refere às razões das desigualdades de gênero. Mas é bem outra coisa
para eles o banimento de divergências e a demissão sumária dele pela
dissidência.
Mas isto não é novidade para a esquerda. Por exemplo, muitos
esquerdistas procuram banir os debates sobre “mudanças climáticas” pelo uso de
“decreto cultural”, declarando que um consenso científico irrefutável foi
estabelecido. Em nome da ciência – que por definição demanda que tais assuntos
estejam sempre abertos para contestação – eles calam os que discordam.
Similarmente, eles declaram que determinadas visões não serão toleradas
em universidades porque são ofensivas para algumas pessoas. Em muitas dessas mesmas
universidades, eles praticam violências em pessoas e propriedades para
protestar contra palestrantes conservadores, cujo discurso eles pensam poder provocar
violências. Tais pensamentos ultrajantes estão tanto disseminados quanto são ridículos.
Por meio de sofismas e truques semânticos, a esquerda tem se comportado como
guia numa era de anarquia intelectual.
Esquerdistas veem a eles próprios como guardiões do pensamento iluminado
– dos questionamentos acadêmicos, tolerância e diversidade – mas, novamente,
eles mostram serem alfaiates stalinistas das camisas-de-força intelectuais, que
flagrantemente violam o próprio espirito da livre expressão, no qual os Estados
Unidos foram fundados.
Esquerdistas são fabricantes engenhosos de argumentos distorcidos para
justificar suas ações indefensáveis. Mas a honestidade intelectual clama para
que sejam responsabilizados por essas violações. Eles podem iludir-se
acreditando que fazem tudo por um bem maior, mas não enganam quem está fora de
suas prisões intelectuais, de seus orgulhos transbordantes e de sua opressão
auto laudatória.
David Limbaugh é um escritor, autor e advogado. Seu livro mais recente
"The True Jesus: Uncovering the Divinity of Christ in the Gospels." Siga-o
no Twitter @davidlimbaugh e visite seu website em www.davidlimbaugh.com. Para
ler outros artigos dos escritores e cartunistas visite www.creators.com.
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“1984” é um romance publicado
em 1949 pelo inglês George Orwell, no qual ele previa que no ano de 1984 o
governo controlaria toda a população, impondo a cada cidadão uma determinada
tarefa. Existiria uma polícia para controlar até o que as pessoas pensavam e os
suspeitos seriam submetidos a processo de reeducação.
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Traduzido por Luigi B. Silvi, do texto original, em inglês, disponível
em:
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Outros artigos traduzidos sobre este assunto:
Cientistas Declaram que Memo do Engenheiro da
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Imprensa
Esquerdista Está Injuriada com o Engenheiro da Google
Drama na Google:
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