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Estudos Mostram Que o Islã Tem Mais Influência na Radicalização do Que Imaginavam

Alemanha: Novos Estudos Mostram Que o Islã Tem Mais Influência na Radicalização do Que Muitos Imaginavam
Por ROBERT SPENCER - 4 de agosto de 2017
Só não sabiam isso aqueles que se recusavam a enxergar aquilo que estava bem diante do próprio nariz. Este novo estudo de qualquer forma mostra mais uma vez que a afirmação de que os terroristas muçulmanos conhecem pouco do Islã é falsa.

“O Islã tem maior influência na radicalização”, traduzido de “Islam spielt bei Radikalisierung größere Rolle als angenommen,” Welt, 3 de agosto de 2017 (graças à “The Religion of Peace):
Um teólogo muçulmano investigou como a radicalização de muçulmanos na Europa está relacionada ao conhecimento da própria religião deles. A ideia geral de que os muçulmanos radicalizados conhecem pouco sobre o Islã está errada.
De acordo com o estudo, o ensinamento do Islã tem maior influência na radicalização de jovens muçulmanos europeus do que é geralmente reconhecido. Frustração e falta de perspectivas de carreira profissional não são os maiores motivos de transformação de um muçulmano em islamista, de acordo com o estudo do teólogo muçulmano Ednam Aslan, citado pelo jornal “Die Tagespost” de 2/8/2017.
A opinião geral de que os muçulmanos radicais teriam pouco conhecimento da religião deles não foi confirmada, de acordo com a investigação de 310 páginas publicada dia 1/8/2017. Ela está baseada em 29 entrevistas biográficas com delinquentes muçulmanos da Áustria.
Por que Islã é tão resistente a reformas?
Ednam Aslan, professor de educação religiosa islâmica na Universidade de Viena, enfatiza que o “intenso exame de tópicos teológicos” representou um ponto decisivo nas vidas de muitos entrevistados. A conclusão de Aslan: Independente da profundidade do conhecimento religioso, uma pessoa radicalizada enxerga na teologia uma oportunidade de dar sentido e estrutura à sua vida”. É interessante observar que a maioria dos entrevistados vem de famílias devotas e observadoras da religião e suas raízes do Islã já existiam antes a radicalização.
 Os indivíduos radicais são os únicos muçulmanos autênticos
O “salafismo” [islamismo “sunita” que interpreta os livros sagrados literalmente] é encarado pelos seguidores como um conceito holístico que governa todos os aspectos das vidas deles. O ambiente radical provê o suporte logístico e ajuda a espalhar o pensamento islâmico jihadista. O principal protagonismo é desempenhado por determinadas mesquitas e autoridades religiosas: “Pessoas com maior conhecimento teológico funcionam como autoridades e desempenham o protagonismo principal na disseminação da ideologia”, determinou o estudo.
O importante é que o processo de radicalização não é apenas uma denominação do secularismo ocidental, mas também é assim para a maioria dos muçulmanos. “Os indivíduos e grupos radicais enxergam-se como sendo os únicos muçulmanos autênticos”, diz o estudo.
O ambiente social é considerado apodrecido, a democracia é rejeitada e o ocidente é declarado como inimigo do mundo muçulmano. O estudo empírico de 18 meses foi apoiado pelo Ministério de Relações Exteriores da Áustria.
Outro estudo realizado na Alemanha sobre jovens jihadistas chegou a uma conclusão diferente. De acordo com esse estudo, os jovens radicalizados conhecem pouco sobre o Islã e constroem sua própria visão do mundo de forma irrefletida.
De acordo com o estudo, pessoas jovens estão numa fase crítica da vida e estão especialmente vulneráveis. O gatilho pode ser, por exemplo, acontecimentos com os pais, morte na família ou uso de drogas. “O apelo jihadista provê espaços próprios e a oportunidade de um novo começo, exatamente onde eles não são ajudados pela sociedade”, afirma o pesquisador sobre violência e supervisor do estudo Andreas Zick.
Entretanto, este estudo da Universidade de Bielefeld adotou uma abordagem diferente na coleta de dados, tendo usado apenas análise de grupos no WhatsApp integrados por jovens salafistas.
                                      Robert Spencer
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Traduzido por Luigi B. Silvi, do texto original em inglês, disponível no link:

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