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Estudo: Islamistas Radicais Têm Muito Conhecimento do Islã

Estudo: Islamistas Radicais Têm Muito Conhecimento do Islã
Por CHRIS TOMLINSON - 4 de agosto de 2017
Um teólogo muçulmano da Universidade de Viena conduziu um estudo sobre radicais muçulmanos, mostrando que muitos deles têm extenso conhecimento do Islã, a despeito das afirmações generalizadas de que os islamistas têm pouco entendimento da própria religião deles.

Neste novo estudo de 310 páginas sobre 29 islamistas radicais, Ednam Aslan declara que a religião desempenha maior protagonismo nas ações dos jihadistas do que fatores econômicos e frustrações com a sociedade, reporta o jornal Die Welt.
“Independentemente do nível do conhecimento da religião, uma pessoa radicalizada vê na teologia uma oportunidade de obter um significado e uma estrutura para sua vida”, declara Aslan.
O estudo financiado pelo Ministério de Relações Exteriores da Áustria, também alerta para o efeito de grupos de radicais islâmicos salafistas, que proveem apoio e logística para jihadistas. “Pessoas com maior conhecimento teológico funcionam como autoridades e desempenham protagonismo central na expansão da ideologia”, de acordo com o estudo.
A quantidade de sunitas salafistas, que adotam uma interpretação literal dos textos sagrados, tem crescido continuamente em anos recentes e alguns deles têm sido acusados de tentarem recrutar seguidores em centros de acolhimento. Mesquitas salafistas estão também diretamente ligadas a ataques terroristas, como o ocorrido em Berlim,no Mercado de Natal, cometido por Anis Amri, um conhecido salafista ao qual foi negado o asilo como refugiado.
Indivíduos e grupos radicais veem a si próprios como os únicos muçulmanos autênticos”, consta no relatório. Os salafistas consideram a civilização ocidental como inimiga do mundo muçulmano e a enxerga como uma sociedade decadente.
Outro estudo recente realizado na Alemanha apresentou conclusões diferentes, afirmando que muitos islamistas conhecem pouco sobre o Islã e a radicalização estaria mais relacionada a eventos traumáticos nas vidas deles, como morte na família ou uso de drogas. O estudo, feito pela Universidade de Bielefeld, examinou mensagens no WhatsApp de reconhecidos salafistas para chegar às suas conclusões.
A quantidade de extremistas islâmicos na Europa tem crescido continuamente em anos recentes e o número de ataques terroristas por islâmicos radicais tem também aumentado consideravelmente.
Na Suécia, que permitiu uma grande afluência de imigrantes, a quantidade de ataques jihadistas violentos foi de aproximadamente 200 em 2010 para uma estimativa de milhares em 2017. Enquanto as autoridades desse país se preocupam com esse crescimento também declaram que poucos imigrantes têm habilidades de praticarem ataques terroristas significativos.
                                                            CHRIS TOMLINSON
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Traduzido por Luigi B. Silvi, do texto original em inglês disponível no link:
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