Racionamento de
Água no DF em Plena Época das Chuvas
O governo do
Distrito Federal anunciou a implantação do racionamento de água a partir
de 16/01/2017. É provável tratar-se de um feito inédito em todo o mundo, pois o
DF está em plena época das chuvas.
Essa “preparação” para
o racionamento começou no início de novembro de 2016. Toda a mídia do Distrito
Federal passou a
veicular reportagens manifestando preocupação com a
redução dos níveis dos reservatórios de água da região.
Publicavam várias
vezes por dia os níveis de redução dos reservatórios, centímetro a centímetro,
aterrorizando a população com alertas dramáticos sobre a diminuição quantidade
de chuvas na região.
Achava estranho que todos os veículos
de comunicação tivessem a mesma pauta de programação de notícias alarmantes,
pois em Brasília o período da seca vai de maio a setembto e em 2016 as chuvas
começaram a cair desde o final de agosto.
Houve um intervalo
sem chuvas em outubro, mas nada muito diferente dos outros anos.
De repente o
governo anuncia a inevitabilidade do racionamento de água, começando pela
redução da pressão do bombeamento e a cobrança de sobretaxa de 40% sobre a tarifa,
ameaçando implantar um racionamento geral se a população não reduzisse o
consumo.
Ao mesmo tempo
começaram a aparecer em todos os canais de TV e em jornais vários anúncios
diários de propaganda institucional do governo do DF. Seria apenas coincidência
ou a “retribuição” pelas reportagens?
Agora em fevereiro os noticiários da televisão mostram que os reservatórios estão com mais de 50% da capacidade, mas, mesmo assim continua o racionamento. Só que agora, além de culpar a população e São Pedro, também culpam a empresa pública goiana que não teria cumprido com sua parte na construção do aqueduto para trazer água da represa Corumbá IV, de Luziania.
Só que não explicam como estão as obras a cargo do governo do DF, que também não foram realizadas.
Isso tudo o que a imprensa vem noticiando sobre falta de chuvas e outras desculpas esfarrapadas, é só para livrar a cara do governo do DF, que não fez o que devia ter feito. Se alguém dúvida é só olhar o nível do lago Paranoá, cuja vertedouro está escoando o excesso de água do lago. Se o problema fosse a falta de chuvas o lago Paranoá também estaria com pouca água.
Dia 25/02/2017, às 13 horas, desabou um temporal em Brasília, como pode ser visto neste vídeo, cuja chuva só parou às 7 horas da manhã do dia 26, estragando ainda mais o já fraco carnaval de Brasília.
Agora em fevereiro os noticiários da televisão mostram que os reservatórios estão com mais de 50% da capacidade, mas, mesmo assim continua o racionamento. Só que agora, além de culpar a população e São Pedro, também culpam a empresa pública goiana que não teria cumprido com sua parte na construção do aqueduto para trazer água da represa Corumbá IV, de Luziania.
Só que não explicam como estão as obras a cargo do governo do DF, que também não foram realizadas.
Isso tudo o que a imprensa vem noticiando sobre falta de chuvas e outras desculpas esfarrapadas, é só para livrar a cara do governo do DF, que não fez o que devia ter feito. Se alguém dúvida é só olhar o nível do lago Paranoá, cuja vertedouro está escoando o excesso de água do lago. Se o problema fosse a falta de chuvas o lago Paranoá também estaria com pouca água.
Dia 25/02/2017, às 13 horas, desabou um temporal em Brasília, como pode ser visto neste vídeo, cuja chuva só parou às 7 horas da manhã do dia 26, estragando ainda mais o já fraco carnaval de Brasília.
Sucessivos governos
incompetentes não fizeram os investimentos para aumentar o fornecimento de água
e agora jogam os custos e a responsabilidade em cima de população. Nenhuma
reportagem mencionou que as últimas obras significativas para aumento do volume
de fornecimento foram feitas ainda durante o regime militar, na década de 1970,
quando a população do DF era de menos de 500 mil habitantes e agora está com
quase 3 milhões.
Desde a construção
de Brasília estava prevista a construção do “Lago São Bartolomeu”, maior que o lago
Paranoá, já prevendo a necessidade devido ao crescimento da população da nova
capital do país. O assunto acabou sendo “esquecido” após a democratização,
dando a impressão que democracia plena automaticamente proveria toda a água
necessária e a área acabou sendo ocupada por invasões.
Em 2006, o então
governador Joaquim Roriz, em associação com o governo de Goiás, deu início à
construção da barragem “Corumbá IV”, inaugurada em
2006, na vizinha cidade de Luziânia, visando reforçar o suprimento de energia
elétrica e água para o Distrito Federal.
No caso da água,
seria necessária a implantação de canalização para trazê-la para Brasília, mas
as obras foram paralisadas pouco tempo depois de iniciadas. A água está a apenas
50 quilômetros de distância e só falta trazê-la para cá.
A partir de 16 de
novembro começou a chover quase sem parar durante vários dias,
como sempre acontece nos últimos meses de todos os anos, mas nenhuma reportagem
mostrava o aumento dos volumes dos reservatórios. A sobretaxa continua a ser
cobrada.
Nos primeiros dias
de 2017 as chuvas amainaram, mas a partir do dia 12 recomeçaram com boa
intensidade.
Há mais de 2000 anos os romanos transportavam água em distâncias superiores a 600 quilômetros, em terreno irregular, com tecnologia primitiva e agora, em plena século 21, dirigentes incompetentes e corruptos não conseguem transportar água a 50 quilômetros, em terreno plano.
Há mais de 2000 anos os romanos transportavam água em distâncias superiores a 600 quilômetros, em terreno irregular, com tecnologia primitiva e agora, em plena século 21, dirigentes incompetentes e corruptos não conseguem transportar água a 50 quilômetros, em terreno plano.
Os dirigentes do DF
têm dois grandes sonhos a realizar: o primeiro é o racionamento do fornecimento
de água e o segundo é estabelecer o rodízio de carros.
Um deles já está
sendo realizado e do jeito que administram, logo, logo vão conseguir realizar também
o segundo.
A causa do
racionamento de água não é o aumento da população; não é o desperdício; não é a
falta de chuvas. A causa do racionamento é o pouco caso que os políticos fazem
das prioridades da população.
O atual governador, Rodrigo Rollemberg, por exemplo, parece ter achado mais prioritário trocar o nome da ponte Costa e Silva do que tocar as obras de canalização da água de Corumbá IV para Brasília.
O atual governador, Rodrigo Rollemberg, por exemplo, parece ter achado mais prioritário trocar o nome da ponte Costa e Silva do que tocar as obras de canalização da água de Corumbá IV para Brasília.
Luigi B. Silvi
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Canal do Youtube: http://www.youtube.com/c/LuigiBSilvi
Contato: spacelad43@gmail.com
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