Todos os Regimes Coletivistas Fracassaram, Exceto
Um
(11/12/2016)
Introdução
É baseado na crença de que todos os indivíduos devem ter
comportamento semelhante e o Estado tem a função de regulamentar os tipos de
comportamentos adequados e de prover tudo o que os indivíduos necessitam, em
troca de sua lealdade, submissão, engajamento político, obedecendo incondicionalmente
as orientações e ordens de alguns indivíduos que lideram a ideologia.
Os integrantes desse grupo também
acreditam que o benefício ao Estado pode justificar quaisquer meios e ações
necessárias para alcançar seus objetivos, mesmo aqueles contrários à boa ética
e moralidade, sempre que os benefícios para a coletividade forem superiores aos
sacrifícios de alguns indivíduos.
Corrupção, suborno, coação,
opressão e até mesmo assassinatos, massacres e genocídios, podem ser
justificados quando usados em benefício da expansão da ideologia.
Iniciativas e ações individuais,
fora das orientações do Estado, são severamente reprimidas e punidas. Cidadãos
são proibidos de possuir armas.
Interessam-se pela criação de
coligações regionais, territoriais, comerciais e políticas, para facilitar a
conquista da hegemonia global, seu objetivo final.
Geralmente são inspirados e
criados por líderes carismáticos visionários, que imaginam terem a missão de
expandir os benefícios do regime para outros países até que todos estejam
subjugados e “felizes”.
Os principais representantes
atuais desses grupos, embora com diferentes abordagens e ênfases, são os comunistas,
socialistas, fascistas, nazistas e islâmicos. Convém registrar que o único
regime 100% coletivista é o comunismo original. Os demais fazem concessões à
realidade e só o adotam integralmente na doutrina política.
COMUNISMO
O comunismo soviético teve forte
inspiração nos escritos de Karl Marx, um filósofo, sociólogo, jornalista e
revolucionário socialista, nascido na Prússia (no leste da atual Alemanha), em
1818, tornou-se apátrida e passou a maior parte de sua vida na Inglaterra.
Foram vários os dirigentes carismáticos
criadores do comunismo marxista-leninista soviético, dos quais destacam-se
Lenin, Trotsky e Stálin. Terras e propriedades foram confiscadas
para implantação de entidades de gestão coletiva, com estabelecimento dos tipos
e quantidades de produtos que cada organização podia e devia produzir e colocar
à disposição do Estado para distribuição à população. No interesse do Estado, comunidades
inteiras foram deslocadas à força para regiões que necessitavam sua mão de obra.
Para garantir a sobrevivência do
comunismo, calcula-se que o regime soviético tenha assassinado mais de 35
milhões de pessoas a partir de 1918 até ser extinto em 1991, devido a seu
grande fracasso econômico e social.
Em 2016 existem ainda vários
países com regimes comunistas, entre os quais a China, Cuba e Coreia do Norte. Outras ditaduras
comunistas são disfarçadas como sendo “regimes socialistas”, como a Venezuela, Nicarágua e alguns países
africanos. São regimes em franca decadência ou em processo de adaptação ao
mundo capitalista global. Em todos os países comunistas os cidadãos comuns
foram proibidos de possuir armas, com punições muito severas para os
infratores.
O comunismo chinês, sob Mao Tse Tung assassinou mais de 80
milhões de pessoas no período de 1949 a 1976.
A China vem adaptando seu regime
comunista, tornando-o híbrido, com um sistema político rigidamente comunista,
mas com sua economia cada vez mais capitalista. Iniciativas individuais na
produção de bens e serviços já não são mais proibidas. Foi criada até uma bolsa
de valores, onde os cidadãos podem investir seus excedentes de rendimento,
coisa impensável num regime comunista tradicional.
Totalizando as vítimas dos
principais regimes comunistas no período de 1922 até 2016, estima-se terem sido
assassinadas mais 150 milhões de pessoas.
FASCISMO
O fascismo tomou emprestadas
teorias e terminologias do comunismo socialista e aplicou-as justificando serem
para acabar com os privilégios e divisões de classes dentro da nação.
O símbolo do fascismo é um feixe
de varas e o lema é “Tudo no Estado, nada
fora do Estado, nada contra o Estado”.
Espanha e Portugal também tiveram regimes fascistas, mas por terem
mantido alguma “neutralidade” durante a segunda guerra mundial, conseguiram
manter-se até a década de 1970.
Não há estatísticas das
quantidades de vítimas dos regimes fascistas, porém acredita-se terem sido
assassinadas mais de 100 mil pessoas nos três países.
NAZISMO
Tendo perdido a guerra de 1914 a
1918, a Alemanha entrou numa grande
crise econômica, que ensejou a criação do “Partido
Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães”, liderado por Adolf Hitler, grande admirador de Mussolini, ditador fascista italiano.
O nazismo usou o argumento de que
somente um governo forte e autoritário teria condições de promover o
desenvolvimento econômico e social necessário para tirar a Alemanha da crise causada pela perda da guerra. Houve rígido
controle sobre a população.
Uma das primeiras ações do regime
nazista foi o desarmamento da população civil, com rígida proibição da posse de
arma pelos cidadãos, com punições muito severas para os transgressores,
inclusive pena de morte, o que acontecia frequentemente.
Foram implementadas políticas de
supremacia racial, com perseguição a raças consideradas inferiores, como Judeus e Ciganos, cujas populações foram
perseguidas, assassinadas e dizimadas.
As características da ideologia
nazista foi o rígido controle da população por meio da propaganda maciça, com
uso de jornais, revistas, rádio e do cinema para propagar os benefícios
providos pelo regime nazista.
Calcula-se terem sido
assassinadas mais de 10 milhões cidadãos alemães, judeus e ciganos no período
de 1933 a 1945, além das mortes causadas pelas guerras contra a União Soviética
e aliados ocidentais.
ISLAMISMO
O islamismo foi fundado no século
sétimo, em Mecca (na atual Arábia Saudita), por Maomé e tem como conceito fundamental a
submissão completa dos fiéis ao Islã, devendo seguirem rigorosamente os
ensinamentos supostamente revelados por Allah
ao Profeta, conforme interpretação das autoridades religiosas. A palavra Islã, em árabe, significa “submissão
completa”.
Os “cinco pilares” do Islã são:
Em praticamente todos os países
onde o Islã é a religião predominante
a obediência à Lei Islâmica (Sharia)
é obrigatória.
Mesmo nos países menos
fundamentalistas, como Turquia, Marrocos,
Indonésia e Malásia, existem Conselhos Religiosos com poder de veto a leis
promulgadas pelos parlamentares se forem consideradas não alinhadas à religião.
A disputa entre sunitas e xiitas está por trás de quase
todos os conflitos que ocorrem no oriente médio, inclusive o Estado Islâmico,
de forte orientação sunita.
O Islamismo não é um regime
coletivista puro, pois concede a seus seguidores várias “compensações” por sua
lealdade, permitindo a posse de propriedades, escravos, várias esposas e a
prática da pedofilia. É um regime predominantemente machista e considera as
mulheres como cidadãs de segunda categoria.
O Dr. Bill Warner, especialista em
Islã, estima terem sido assassinadas mais de 270 milhões de pessoas nos
1400 anos de existência do islamismo.
Algumas Características Comuns.
Regimes coletivistas têm várias
coisas em comum, todos eles exigem e valorizam acima de tudo a lealdade,
fidelidade, obediência incondicional e submissão inquestionada, razão pela
quais são incompatíveis com a democracia e liberdade de expressão. Glorificam e
veneram alguns líderes carismáticos, vivos ou falecidos.
Em sua estrutura de governo
possuem um poder executivo ostensivo oficial muito forte e autoritário, com
componentes ocultos de propaganda, inteligência e repressão. Contam com o apoio
de forças armadas muito fortes, geralmente brutais. Tentam de todos os modos
“reconstruir” a história, suprimindo eventos históricos prejudiciais e
relegando ao ostracismo lideranças caídas em desgraça.
Dedicam muita energia na
supressão de expressões de nacionalismo, tradições regionais étnicas e
religiosas.
A história tem mostrado que a disciplina doutrinária
obrigatória para todos cidadãos comuns não é aplicada à elite dirigente de
regimes coletivistas, que usufruem de propriedades, liberalidades, regalias e
riquezas em níveis inimagináveis terem os dirigentes dos mais prósperos países
capitalistas.
Luigi B. Silvi
Contato: spacelad43@gmail.com
NOTA:
Este texto sucinto foi coletado
em pesquisas para conhecimento pessoal e não tem quaisquer pretensões além de
colocar à disposição de outras pessoas a coletânea resumida organizada por mim.
Alguns links de vídeos e textos relacionados ao assunto:
Bill Whittle fala
sobre comunismo, fascismo, nazismo:
Texto sobre a história do Islã:
Brigitte Gabriel
fala sobre a história da Islã:
Lula fala do
projeto URSAL (União das Repúblicas Socialistas da América Latina):
Depoimentos de integrantes da "resistência à
ditadura" no Brasil:
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