Problemas com Donos de Cães Passeadores
(14/12/2016)
Ao fazer minha
caminhada matinal, encontrei no caminho uma senhora com um cão de porte médio.
Ela, a senhora, estava à minha direita, fora do caminho mexendo em seu
telefone. O cão estava à minha esquerda, quase na borda do outro lado da
calçada, com a corda bloqueando quase todo o caminho.
Com a passagem bloqueada pela
corda, parei, esperando que a “senhora” puxasse o cão ou fosse também ela para
o outro lado. Ela, a “senhora”, levantou o olhar, riu e continuou a mexer no
telefone. Como nada fez, pedi que desbloqueasse o caminho e passei à direita
dela, sobre o gramado. Ela não gostou e disse algumas palavras irônicas, tipo
“bom dia!” e “o que é isso?” e outras coisas que não ouvi direito porque segui
meu caminho.
Logo lembrei de outro
episódio acontecido comigo há alguns anos quando, no mesmo caminho, encontrei
duas senhoras conversando, cada uma com um cão de porte médio preso por uma corda.
Ao aproximar-me, um dos cães soltou-se e veio correndo em minha direção latindo
de modo agressivo. Parei e posicionei-me defensivamente, com a sola do pé
direito levantada.
O cão não parou e aproximou-se de
mim ameaçadoramente. Baixei o pé bem no focinho dele, que saiu ganindo em
direção à dona. A senhora pegou-o nos braços, olhou para mim e pediu desculpas.
Segui meu caminho e
uns cinco minutos depois, um homem veio correndo atrás de mim, gritando,
xingando e ameaçando soltar seus dois cães de grande porte sobre mim. Chamou-me
de covarde agressor, segurando as cordas de seus cães, que latiam
agressivamente, apoiados apenas em suas patas traseiras, mostrando os dentes
ameaçadoramente. Parecia uma cena do “Cão dos Baskervilles”, de Sherlock Holmes.
Expliquei que o cão havia me
atacado e que apenas me defendi. Retrucou agressivamente dizendo que o
“cãozinho” estava querendo apenas cheirar-me. Como se isso fosse uma coisa bem
natural e que eu apenas deveria tê-lo deixado fazer isso. O interessante é que
esse senhor não havia presenciado a cena do ataque do cão.
Só não fui agredido porque um
homem de compleição bastante robusta interpôs-se e conteve o agressor, exigindo
que ele parasse de ameaçar-me. Só assim pude seguir adiante. Até hoje, sempre
que passo por aquele local, fico agradecido ao meu defensor e receoso de
encontrar o mal-educado agressor e seus cães.
Tenho assistido quase diariamente
abusos de donos de cães bloqueando as calçadas, obrigando os transeuntes a
saírem do caminho por causa da falta de educação deles.
O que acho mais
reprovável não é o fato de passearem seus cães nas calçadas de pedestres. O que
acho mais reprovável é eles, os donos, sentirem-se ofendidos quando alguém lhes
chama a atenção de estarem bloqueando o caminho e, além de não saírem, ainda
xingam quem reclama. Acham que os reclamantes são desumanos e não gostam de
animais.
Na região onde moro só existem
edifícios residenciais, logo os cães são criados dentro de apartamentos, o que
acho inadequado e desumano. Ter dois ou até três cães de grande porte
enclausurados em apartamentos pequenos e só saírem algumas poucas horas por dia
é que é ser desumano.
Os donos também não costumam
obedecer a lei que os obriga a manterem seus cães presos por uma corda, com
focinheira. Acham-se os “donos das calçadas”. Para mim os cães ainda são lobos
semi-domesticados.
Perto de onde moro existem muito
apartamentos tipo “quarto e sala”, nos quais moram pessoas possuidoras de dois
cães de grande porte. Seria isso “gostar de animais”?
Luigi B. Silvi
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