Um Pouco de
História – Lewis Woods
(19/04/2067)
"A derrota numa única batalha
defensiva pode significar o domínio de uma ideologia inimiga implantada à força
em seu território".
Para entender o que está acontecendo
agora no mundo de 2067, temos que rever um pouco da história. Mesmo se não
houvesse acontecido o Mega Tsunami de 2037, o mundo ainda assim estaria em
conflito político-religioso.
Para entender como o Islã atua, temos
que retroceder até sua criação no século sétimo, pois o padrão de comportamento
ainda é o mesmo estabelecido por Maomé. O padrão é bem ilustrado no texto de
David Wood, “As Três Fases da Jihad”, cujo resumo é apresentado a seguir.
FASE UM – Quando os muçulmanos estão em
completa minoria e não possuem forças para vencer uma confrontação física
contra os descrentes, eles devem viver em paz com os não-muçulmanos e pregar
uma mensagem de tolerância. Vemos um exemplo dessa fase quando Maomé e seus
seguidores eram uma minoria perseguida em Mecca.
Como os muçulmanos representavam uma
pequena minoria, as revelações que Maomé recebeu durante essa fase (e. g.
“Você pode ter sua religião e eu posso ter a minha religião”)
clamava por tolerância religiosa e proclamava uma punição futura (em vez de uma
punição física) para os descrentes.
FASE DOIS – Quando há muçulmanos e recursos
suficientes para defender a comunidade islâmica, os muçulmanos eram chamados
para a Jihad Defensiva. Assim, quando Maomé
havia formado alianças com vários grupos for a de Mecca e a comunidade
muçulmanos tornara-se numeroso o suficiente para combater, Maomé recebeu a
revelação
Corão 22:39-40: “Permissão (para combater) é dada
àqueles sobre os quais é feita guerra e estão oprimidos e mais que certamente
Allah é capaz de ajudá-los; aqueles que foram expulsos de suas casas sem justa
causa a não ser só por terem dito: Nosso Senhor é Allah...”
FASE TRÊS – Quando os muçulmanos estabelecem uma
maioria e alcançam o poder político numa região, eles são comandados a combater
a Jihad Ofensiva. Tão logo Mecca e a Arábia ficaram sob controle de Maomé, ele
recebeu a revelação clamando para combater os descrentes. Na Surah
9:29, lemos:
“Combata aqueles
que não acreditam em Allah e nem no Último Dia, ou guardam aquilo que é
proibido que foi proibido por Allah e Seu Mensageiro, nem reconhecem a Religião
da Verdade, entre o Povo da Bíblia, até que eles paguem a Jizyah [taxa de
proteção] com submissão voluntária e se sintam eles próprios subjugados”.
Note que este verso não ordena aos
muçulmanos combaterem opressores, mas a combaterem aqueles que não acreditam no Islã (inclusive
o “Povo da Bíblia” – Judeus e Cristãos).
A ab-rogação (substituição de um verso mais antigo
por um verso mais novo) também é responsável pela mudança de posicionamento no
Corão em relação ao Judeus e Cristãos.
Enquanto os muçulmanos são orientados a agirem
amistosamente em relação a Judeus e Cristãos quando estão em minoria, a posição
Islâmica muda quando os muçulmanos alcançam a Fase Três e nesse ponto tantos os
Judeus como os Cristãos são obrigados a reconhecer sua condição inferior e
submeter-se ao pagamento da Jizyah (pagamento realizado em
troca deles não serem assassinados e poderem viver como vassalos apenas).
Sempre que possível, a expansão do Islã é feita mediante a execução dessas
três fases. Raramente os exércitos muçulmanos atacaram forças superiores.
Geralmente esperam os inimigos enfraquecerem por causas naturais ou por
divisões internas, muitas delas provocadas pelos próprios muçulmanos,
infiltrados e aliados a alguma força interna dissidente.
Quando saíram da África e invadiram o
sul da Europa, sabiam que a peste negra havia dizimado mais de um terço das
populações europeias, por isso encontraram pouca resistência quando invadiram a
península ibérica em 711 e em apenas 20 anos já estavam às portas de Paris.
Foram detidos em 732 na Batalha de Tours (França), também conhecida como “Batalha de Poitiers”, na
qual o General Charles Martell derrotou os muçulmanos e salvou a França e o
resto da Europa da ocupação islâmica.
A Europa, já mais fortalecida, reagiu
aos ataques muçulmanos e empreendeu campanhas para a retomada dos territórios
da França, Espanha e Portugal, em poder dos muçulmanos desde o século oitavo.
Esse período que vai do século oitavo até o século décimo quinto é conhecido
como o período da reconquista e culminou com a tomada de Granada,
na Espanha, em 1492, pelos reis Cristãos Fernando e Isabel.
Detidos no ocidente, os muçulmanos
tentarem entrar pelo oriente e foram contidos na batalha de Viena, em 1529, mas essa vitória foi mais por causa do clima do
que por mérito dos 1.700 soldados que defendiam a cidade. De qualquer maneira,
um exército de 75 mil soldados muçulmanos foi contido naquela ocasião por uns
dois mil soldados cristãos, evitando a conquista de toda a Europa.
A tentativa seguinte
foi para conquistar a fortaleza da ilha de Malta, cuja batalha foi conhecida
como o cerco de Malta, em 1565, na qual uma grande armada muçulmana não conseguiu estabelecer naquela
ilha do Mediterrâneo um porto seguro para seus ataques por mar ao território
europeu. Foram 700 cavaleiros Cruzados, que resistiram a três meses de ataques
impiedosos de mais de 40 mil soldados muçulmanos.
Considerando-se fortes o suficiente,
os muçulmanos resolveram atacar a frota Cristã na grande batalha naval de Lepanto, na Grécia, em 1571, uma das poucas
batalhas, na qual os Cristãos contavam com forças equivalentes ou superiores às
dos muçulmanos.
A última tentativa de conquista a
Europa por meio de um exército aconteceu no grande cerco de Viena, em 1683, na qual os
muçulmanos de Grão-Vizir Kará Mustafá
foram definitivamente derrotados pelos Cristãos e tiveram seu caminho para a
conquista da Europa por exércitos convencionais definitivamente interrompido. Cerca
de 40 mil defensores tiveram o mérito glorioso de derrotar um exército de mais
de 300 mil soltados muçulmanos.
A cidade Cristã de Jerusalém foi
conquistada pelos muçulmanos no ano de 637 e foi mantida até 1096, ano em que
foram derrotados pela primeira Cruzada Cristã. Os muçulmanos a retomaram em
1187, permanecendo sob seu domínio até 1920, quando passou
para domínio do Império Britânico até 1948, ocasião em que passou a ser
administrada pela Jordânia.
Em 1967, na guerra dos seis dias, Israel derrotou os exércitos combinados da Síria, Jordânia e Egito,
apoiados pelos demais países árabes, tendo reconquistado a cidade de Jerusalém.
Assim, no período de 1430 anos decorridos
desde quando foi conquistada pela primeira vez no ano de 637, a cidade judaica
e cristã de Jerusalém ficou em poder dos muçulmanos durante 1192 anos e de
Judeus e Cristãos apenas 238 anos.
A partir da segunda metade do século
vinte, os muçulmanos, aliados às facções políticas socialistas da Europa,
empreendeu a nova estratégia de conquista do ocidente, agora pela imigração
maciça de muçulmanos, principalmente homens, para o território europeu. No
início do século 21 já eram forças politicamente fortes na Suécia, Alemanha,
França e Reino Unido.
Ficaram muito fortes no Canadá, onde
elegeram um muçulmano como Primeiro-Ministro, Justin Trudeau e a partir de 2027 passou a ter população de
predominância muçulmana. Os Estados Unidos quase foram pelo mesmo caminho ao
eleger como presidente, em 2008, o muçulmano Barack Hussein Obama, mas foram
reprimidos a partir da posse do sucessor dele, o Cristão Donald Trump.
Depois do Mega Tsunami de 2037 a
população ocidental e asiática foi bastante reduzida e a economia mundial
entrou em severa recessão, enfraquecendo as forças da maioria dos exércitos
ocidentais.
Era a oportunidade que o Islã
esperava, atacou e depois de 10 anos já dominava toda a Europa, Oriente Médio e
Canadá. Os Cristãos foram defendidos pelos Estados Unidos, Rússia e Brasil. Os
países da orla do oceano Pacífico estavam muito debilitados. Os politeístas
contavam com a China, Japão e alguns outros países da Ásia.
Agora em 2067, os muçulmanos passaram
a ficar na defensiva, pois estão muito desorganizados e sofrendo várias
revoltas internas de populações inconformadas com o rigor da legislação do
Islã.
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As
crônicas “Anno Domini 2067” são
publicadas em episódios individuais. Os episódios disponíveis estão neste
arquivo pdf
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Outros links relacionados ao assunto:
Uma Breve História do Islã
Arábico para Não-Crentes
Sharia para Não-Muçulmanos:
Povo da Bíblia (Judeus e Cristãos)
Kufar ou Kafir (não-muçulmano)
Dhimmi (Vassalo)
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muçulmanos)
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da religião)
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(Dissimulação)
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