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Taqiyya - Dissimulação ou Mentira

Taqiyya - Dissimulação ou Mentira

por Peter Townsend

Tratando-se de ética e moralidade, a maioria das pessoas cita a confiança como um dos maiores valores que desejam alcançar. A relação do Islam com verdade e confiança é bastante complexa, mas podemos, no mínimo, dizer que os muçulmanos não são compelidos a falar a verdade em determinadas circunstâncias e que a dissimulação é algumas vezes até estimulada. 


Isso ocorre porque Maomé criou um sistema ético no qual a questão relevante é: “O que é mais conveniente para o Islam nessa circunstância?” A questão é, portanto, não “Qual é a verdade?” Por isso é perfeitamente permissível falar mentiras e meias-verdades, especialmente se forem para não-muçulmanos, se isso servir melhor aos interesses do Islam.

O princípio de usar dissimulação para alcançar o que interessa ao Islam é firmemente estabelecido no Corão. Os textos seguintes formam a base da doutrina da “taqiyya” (dissimulação) como uma parte aceitável da moralidade islâmica:

·  Quem, após abraçar a fé em Allah, falar ser descrente, - exceto sob compulsão, seu coração permanecendo firme em sua Fé – mas aqueles que abrem seu coração para a descrença, neles estará a Vingança de Allah, e suas serão tremendas as penalidades.” (Corão 16:106). 
  
  Este verso estabelece o princípio que um muçulmano pode mentir sobre ser ou não muçulmano se acreditar que vai ser ferido se descobrirem ser ele muçulmano. O Corão 40:28 provê um exemplo de alguém que esconde sua fé por essa razão. Este princípio, como veremos, se amplia em hadiths para o que pode ser considerada dissimulação ofensiva, obtendo a confiança das pessoas, fingindo não ser muçulmano, para depois atacá-las.

·  “[Esta é] Uma declaração de Allah e Seu Mensageiro, para o povo (reunido) no dia da Grande Peregrinação, - que Allah e Seu Mensageiro desfazem obrigações (tratados) com os pagãos”. (Corão 9:3). 
  
  Este verso é de um cinismo de tirar o folego. Tratados soberanos, provavelmente jurados em nome de Allah, são simplesmente dissolvidos por declaração de que Allah e Maomé não tem obrigações com descrentes. Isso estabelece o princípio de que tratados, juramentos e promessas só precisam ser honrados se eles forem vantajosos para os muçulmanos.  Se for vantajoso desrespeitá-los, a decisão pode ser tomada em nome do Islam. Muçulmanos são, além disso, assegurados que Allah não considerará “quebra de juramentos” contra eles [muçulmanos]. (Corão 2:225)

· “Crentes não devem tomar descrentes como amigos ou protetores em lugar de outros crentes. Se alguém fizer isso, não terá mais qualquer ajuda de Allah, a não ser por precaução, para resguardar-se deles”. (Corão 3:28). Este é o verso infame no qual muçulmanos são determinados a não serem amigos de não-muçulmanos. Há, no entanto, uma importante exceção. Eles podem ser amigos deles “por precaução”, no sentido de “precaver-se deles”. Este texto é amplamente interpretado como permissão para que muçulmanos finjam amizade com não-muçulmanos, como uma forma de salvaguarda de suas próprias posições na comunidade.

Os versos acima têm em comum o fato de ensinarem aos muçulmanos que a verdade não é algo fixo, mas que mentiras e dissimulações podem às vezes serem empregadas pelo benefício do Islam. Essa conclusão é fortemente confirmada em hadiths cheios de exemplos de muçulmanos sendo elogiados por suas ações dissimuladas terem fortalecido a causa muçulmanas.

Alguns exemplos:

·  Sahih Bukhari (52:269) menciona Maomé dizendo “Guerra é dissimulação”. Os hadiths seguintes mostram como o princípio do uso da dissimulação pode ser aplicado na guerra. Sahih Bukhari (52:271) é particularmente revelador: O Profeta disse, “quem está disposto a matar Ka’b bin Ashraf (i.e., um Judeu)”? Muhammad bin Maslama respondeu, “Gostaria que eu o matasse”? O Profeta respondeu afirmativamente. Muhammad bin Maslama disse, “então autorize-me a falar o que eu quiser”, O Profeta replicou, “Eu autorizo”. Perceba cuidadosamente o que acontece aqui. Um dos seguidores de Maomé pede permissão para mentir e é imediatamente autorizado. O que acontece depois é descrito em Sahih Bukhari (53:369). Bin Maslama vai encontrar a pessoa marcada por Maomé para morrer e finge estar profundamente desiludido com o profeta. Desse jeito, ele ganha a confiança e é admitido no círculo de amizades de vítima. Depois que a confiança está firmemente estabelecida, Maslama pergunta a Ka’b se pode cheirar o perfume de seus cabelos, como é costume acontecer entre amigos verdadeiros. Acreditando no “amigo”, Ka’b permite e é imediatamente imobilizado e assassinado! “Guerra é dissimulação”, de fato.

·  Maomé permite a seus seguidores a celebrarem tratados de paz por meio de informações falsas. Esse princípio e declarado em Sahih Bukhari (49:857): Narrado por Um Kulthum bin Ugba: Então ele ouviu o Apóstolo de Allah dizer, “Quem celebra tratados de paz entre pessoas, inventando boas informações ou dizendo coisas boas, não é mentiroso.”

A ideia de ser perfeitamente aceitável mentir sob certas circunstâncias, não foi aplicada só no relacionamento com não-muçulmanos. Maridos e esposas são também autorizados a mentirem um para o outro em benefício das relações conjugais. Como esse tipo de dissimulação pode levar a uma melhoria no relacionamento não é explicado em lugar algum. 

Ibn Shihab disse não ter ouvido que as permissões das pessoas mentirem tivessem sido feitas além de três ocasiões: em batalhas, para reconciliação das pessoas envolvidas; em palavras narradas pelo marido para sua esposa, e em palavras narradas pela esposa para seu marido, de forma a trazer reconciliação entre eles”.(Sahih Muslim 33:3603).

Esse tipo de dissimulação, ativamente determinada, é profundamente preocupante de uma perspectiva não-muçulmana. Dissimular-nos pode ser visto como uma virtude e este fato deve, no mínimo, causar-nos uma avaliação crítica desfavorável à confiança das afirmações sobre as intenções daqueles que seguem o Islam em nossa comunidade.

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Contato: spacelad43@gmail.com

NOTAS:
Extraído do livro “Árabe para Descrentes – 8 palavras que todo o não-muçulmano deve conhecer”, de Peter Townsend, que pode ser obtido gratuitamente em pdf de 50 páginas no link:



Comentários

  1. اللهم انصر الاسلام والمسلمين اشهد الا الله الا الله واشهد ان محمد عبده ورسوله

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