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Dhimmi - Pessoa Protegida (Vassalo)

Dhimmi - Pessoa Protegida (Vassalo)
por Peter Townsend

Na seção anterior vimos que o “Povo da Bíblia” não pode de forma alguma ter o mesmo status dos muçulmanos de acordo com os ensinamentos islâmicos. Eles são, de fato, para serem combatidos até “serem subjugados e sentirem-se subjugados” (Corão 9:29). Essa subjugação não é meramente teórica. 



A lei Islâmica contém detalhadas instruções de como a comunidade deve ser organizada de forma a que as pessoas subjugadas sejam mantidas em seus lugares apropriados.

Isso foi realizado por meio de uma instituição chamada “dhimma” ou pacto de proteção. Uma pessoa vivendo sob essa denominação é chamada de “dhimmi” (ou pessoa protegida). Isso soa como um arranjo maravilhoso, mas rapidamente fica claro que esse tipo de “proteção” é semelhante ao tipo de proteção provido pela Máfia.

A instituição de “dhimma” se manifesta em diferentes formas pelo mundo muçulmano. Por exemplo, em algumas comunidades somente Judeus e Cristãos podem viver como “dhimmis" e para os pagãos e outros descrentes eram oferecidas somente as opções de conversão ao Islam ou a morte. Outras comunidades muçulmanas estendiam a “dhimma” a todos os não-muçulmanos. A despeitos dessas diferenças, todas as aplicações da “dhimma” eram estabelecidas para assegurar a supremacia dos muçulmanos em todos os aspectos da comunidade. Com essa finalidade as seguintes características eram comuns nas aplicações da “dhimma”:

·   Dhimmis tinham que pagar uma taxa especial (a Jyzya) como estabelecido no Corão. O pagamento dessa taxa era frequentemente acompanhada por um ritual de humilhação (um tapa no rosto, por exemplo) para que “pudessem sentir serem subjugados” (Corão 9:29). Em algumas comunidades muçulmanas as taxas de jyzia eram tão altas que mantinham os dhimmis sempre à beira da falência e na penúria.

· Dhimmis tinham que usar roupas diferentes das da comunidade ou algum símbolo de identificação para que não pudessem fazer passar-se por muçulmanos.

·   Dhimmis sofriam restrições quanto à liberdade de culto. Não lhes era permitido tocar campainhas, suas igrejas ou sinagogas só podiam ser mantidas com permissões especiais (isso era frequentemente negado) e eram proibidos de compartilhar sua fé com muçulmanos.

·  Dhimmis não gozavam de situação igualitária diante da lei. Qualquer contenda entre um muçulmano e um dhimmi era julgada sob a lei islâmica (shari’a). A shari’a reservava um peso maior ao testemunho de um muçulmano. Isso significava que muçulmanos podiam agir com impunidade legal contra os dhimmis, sabendo que sempre prevaleciam diante da corte judicial.

Podemos ser tentados a considerar a instituição da dhimma como alguma espécie de curiosidade histórica. Isso estaria fora da realidade por três razões:

·         A ideia de dhimmitude é encontrada no próprio Corão e os muçulmanos ao redor do mundo, portanto, ensinam a considerar inferiores todos os que não compartilham sua fé;

·  Embora nem sempre seja chamada dhimmitude a ideia básica por trás da instituição ainda faz parte das leis do mundo muçulmano. Muitos não-muçulmanos habitando comunidades muçulmanas sentem a diferença de tratamento por parte da comunidade;


· É amplamente divulgado que o “Estado Islâmico” (ISIS) dá às minorias dos territórios conquistados a escolha entre converter-se ao Islam ou pagar uma taxa. Muitos jornalistas ocidentais usam isso como “prova” de que eles não representam o Islam. Os leitores estarão, entretanto, já cientes de que essas demandas não são novas ou não-islâmicas, mas inteiramente consistentes com os princípios da "dhimmitude".
        

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Contato: spacelad43@gmail.com

NOTAS:
Extraído do livro “Árabe para Descrentes – 8 palavras que todo o não-muçulmano deve conhecer”, de Peter Townsend, que pode ser obtido gratuitamente em pdf de 50 páginas no link:  https://drive.google.com/drive/folders/0B_uDSKYpTRmWazFDR1owM0pfeDQ




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