A Compulsiva Defesa do
Islã por Autoridades Cristãs
(29/05/2017)
No
dia seguinte ao ataque jihadista no concerto da cantora pop Ariana Grande, pelo muçulmano Salman Abedi, em 22/05/2017, que matou
22 pessoas e feriu várias dezenas, antes mesmo da investigação policial, o Prefeito
de Manchester, Andy Burham, declarou
enfaticamente que o terrorista não era muçulmano.
A
investigação logo mostrou que ele era muçulmano, assim com toda a família dele e
frequentava regularmente uma mesquita da região.
Comportamento
semelhante é adotado por quase todas as autoridades de localidades que sofrem
atentados terroristas de inspiração islâmica. Quando não podem negar a
inspiração religiosa porque os atacantes gritam “Allahu Akbar” (Allah é o Supremo) durante os atentados, declaram tratar-se de pessoas desequilibradas, com histórico de violência e com uma interpretação distorcida dos verdadeiros
pacíficos ensinamentos do Islã.
As
poucas autoridades e jornalistas corajosos o bastante para dizer a verdade,
logo são criticadas por tiraram conclusões precipitadas, sem provas materiais sobre
a motivação dos ataques, mesmo sabendo que a quase totalidade dos mais de dois
mil ataques terroristas anuais são de inspiração religiosa muçulmana.
Foi
o caso da conhecida jornalista britânica, Katie Hopkins, da Rádio LBC, que
num das dezenas de tweets postados em sua conta, respondeu a um seguidor com o
texto:
“22 mortos. Número crescendo. Schofield. Não
se atreva. Não seja parte do problema. Precisamos de uma solução final
#Manchester”
O
problema foi ter mencionado “uma solução final”. Mudou o texto para o que ela
realmente pretendia dizer, “uma solução verdadeira”, mas não adiantou. Perdeu o emprego.
Então
os políticos, religiosos e jornalistas acabam adotando uma posição de
preservação, condenando os atos terroristas, mas deixando sempre clara a
isenção do Islã por esses atos. De
tanta preocupação, chegam a antecipar-se à polícia e até mesmo às autoridades
muçulmanas na defesa do Islã.
Estamos
numa época em que praticamente tudo é defensável e criticável. Vemos autoridades
defendendo a posição de que as pessoas podem mudar de sexo ao seu bel prazer; que o "casamento" de dois homens é exatamente igual ao casamento de um homem e uma mulher; que os governos podem prover todas as necessidades dos cidadãos; que não devem
existir fronteiras entre países; que os países ricos devem acolher e sustentar
todos os imigrantes que chegarem; que drogas devem ser liberadas; que a pedofilia
é apenas uma condição humana; que a religião ocidental é obsoleta.
A
única coisa não criticável é o Islã, razão
pela qual parece levar tantas autoridades cristãs a defender essa religião,
cuja doutrina está inalterada desde o século sétimo. Diferentemente de outras
religiões cujas doutrinas sofreram várias reformas e modernizações ao longo dos
séculos, o Islã permanece ainda na
sua forma original e quem o critica sofre graves consequências.
Temos dezenas de
exemplos de críticos do Islã que
sofreram perseguições por parte de seus próprios correligionários. Na década de 1980, o Cardeal francês, Dom Marcel Lefebvre, posicionou-se contrariamente a algumas reformas na Igreja
Católica porque, segundo ele, enfraqueciam a religião.
Na
mesma época declarou-se contrariamente à acolhida de grande quantidade de
imigrantes muçulmanos na França. Perguntado por um repórter sobre a questão da
imigração islâmica, Lefebvre declarou:
“Peçam ao governo para parar o Islã e fazer o
que sempre foi feito. As duas religiões não conseguem conviver; isso não é
possível. Que permaneçam em seus próprios países. A cada ano recebemos mais de
meio milhão de muçulmanos na França. Vocês verão o que acontecerá: um dia numa
mesquita um Imam dirá ‘matem os cristãos’.
Quando eles matam um Cristão acreditam que
salvam suas próprias almas e tomam posse das almas daqueles que matam. Então
por que se privariam disso? ”
Em
1988 Marcel Lefebvre acabou sendo
excomungado pelo Papa João Paulo II.
A excomunhão foi anulada em 2009 pelo Papa Bento
XVI, que também sofreu críticas a respeito de seu posicionamento realista
sobre o Islã.
Em
12 de setembro de 2006, Bento XVI
proferiu uma “Aula Magna” intitulada “Fé, Razão, Universalidade e Reflexão”, na
Universidade de Ratisbona (Regensburg, Alemanha), na qual citou alguns trechos
de um diálogo imaginário do Imperador de Constantinopla, Manuel II Palaeologus, com um erudito muçulmano persa. A aula ficou
conhecida como “Discurso de Ratisbona”. Os trechos citados
foram:
"Mostra-me também o que Maomé trouxe de
novo e encontrarás apenas coisas más e desumanas, como a sua ordem de difundir
através da espada a fé que ele pregava.
Deus não se apraz com o sangue e não agir
segundo a razão é contrário à natureza de Deus. A fé é fruto da alma, não do
corpo. Por conseguinte, quem quiser levar alguém à fé precisa da
capacidade de falar bem e de raciocinar corretamente, e não da violência e da
ameaça. Para convencer uma alma racional não é necessário dispor nem do próprio
braço, nem de instrumentos para ferir nem de qualquer outro meio com o qual se
possa ameaçar de morte uma pessoa..."
Depois
disso Bento XVI não teve mais
sossego. Foi criticado por muçulmanos e por cristãos, até mais por seus
próprios correligionários cristãos do que pelos muçulmanos.
Foi
acusado de não contribuir pela convivência harmoniosa das religiões.
Mantinha
uma posição religiosa mais tradicional, com ênfase nas questões relacionadas ao
espírito racional. Não era afeito aos aspectos práticos da política
contemporânea. Parecia deslocado no mundo moderno.
A
pressão foi tanta que Bento XVI acabou renunciando
ao Pontificado em 2013, ação com poucos precedentes
na Igreja Católica, eis que o mais recente Papa a renunciar voluntariamente a
seu Pontificado havia sido Gregório
XII, em 1415.
Bento
XVI foi sucedido pelo argentino Cardeal Jorge
Mário Bergoglio, o Papa Francisco, um Papa bastante “flexível” tanto no que
tange à religiosidade, adotando um posicionamento alinhado à agenda do
comunismo populista, quanto à leniência com os crimes cometidos por inspiração
do Islã, religião nunca citada por
ele como responsável ou pelo menos conivente com os frequentes massacres de
Cristãos.
Os
Cristãos atuais repetem os mesmos erros dos contemporâneos de Maomé, evitando responsabilizar o Islã pela violência contra os
descrentes. Nisso estão sendo muito ajudados pelos ateus, críticos ferozes do
cristianismo e judaísmo, mas bastante “cuidadosos” quando se trata do Islã.
Como
menciona Peter Townsend em seu livro
“8 Palavras Árabes que Todo o Não
Muçulmano deve Conhecer”:
“Blasfêmia é considerada um crime sério
pela Shari'a. Críticas ao profeta são consideradas
especialmente sérias. Alinhados com o tratamento dado por Maomé a seus críticos,
a maioria dos códigos da Shari’a demandam pena de morte para blasfêmia”
Essa
tolerância toda com o Islã não é por acaso, como explica o estudioso Bill Warner, num vídeo chamado “1400 anos temendo o Islã”. É
que todos os não
muçulmanos vivendo em terras sob domínio muçulmano sempre foram proibidos de fazerem muitas coisas, principalmente criticar o Islã e Maomé. A pena sumária para que
fizesse isso era a morte.
Luigi B. Silvi
Contato: spacelad43@gmail.com
Twitter: @spacelad43
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